“VAR”: PF irá analisar imagens da agressão a Moraes no aeroporto de Roma

17 de julho de 2023 10:54

A polícia italiana entregará, ainda nesta semana, à Polícia Federal (PF), as imagens do circuito interno de TV do aeroporto de Roma, na Itália, que captaram o episódio da agressão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira. A informação é do jornal O Globo.

As imagens deverão servir para que a PF elimine a divergência entre as versões do próprio ministro e dos três acusados de agressão: o empresário Roberto Mantovani Filho, sua mulher, Andreia Munarão, e o genro do casal, o corretor de imóveis Alexandre Zanatta.

No relato à PF, Moraes afirmou que a confusão começou quando Andreia se aproximou dele e o chamou de “bandido, comunista e comprado”. Em seguida, o marido da bolsonarista, o empresário Roberto Mantovani Filho, “passou a gritar e, chegando perto do meu filho, Alexandre Barci de Moraes, o empurrou e deu um tapa em seus óculos. As pessoas presentes intervieram e a confusão foi cessada”.

Moraes também relatou à PF que, momentos depois, “a esposa Andréia e Alex Zanatta, genro do casal, retornaram à entrada da sala VIP onde eu e minha família estávamos e, novamente, começaram a proferir ofensas”. “Alertei que seriam fotografados para identificação posterior, tendo como resposta uma sucessão de palavras de baixo calão”, disse Moraes.

Em depoimento à PF no último domingo (16), Zanatta negou ter atacado o ministro e sua família. Já Roberto e Andreia, em nota, pediram desculpas ao ministro pelo “mal-entendido”. O casal bolsonarista alega que as ofensas teriam sido proferidas por outra pessoa, e não por Andreia, que teria sido atacada por duas pessoas que acompanhavam o ministro na viagem.

“Dessa forma, reiteram que em nenhum momento ocorreram ofensas, muito menos ameaças ao min. Alexandre, que casualmente passou por eles nesse infeliz episódio”, dizem. Ou seja, o casal sugere que quem os agrediu fisicamente foi o filho de Moraes e não o contrário.

Esse é o tipo de divergência que as imagens do circuito interno do aeroporto poderão esclarecer. Conforme o resultado da apuração, os três poderão ser indiciados por crimes contra a honra, agressão e até mesmo por atos antidemocráticos. A PF ainda afirmou que, mesmo tendo ocorrido no exterior, os crimes podem ser apurados no Brasil.

Reprodução/Diário do Centro do Mundo

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