• Sobre
  • Artigos
  • Notícias
  • Notícias do DF
  • Vídeos
  • Contato

Sem o Estado e os bancos públicos, países não conseguiriam enfrentar a crise da pandemia

2 de fevereiro de 2021 11:31

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) encerrou a participação no Fórum Social Mundial 2021 nesta sexta-feira ((29) com uma oficina sobre o papel dos bancos públicos na retomada econômica e social pós pandemia. Além da Fenae, o painel desta sexta-feira (29) foi organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo (Seeb/SP) e pela UNI Américas Finanças.

A presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, abriu o debate mostrando o triste efeito da pandemia na América Latina e como os bancos públicos são fundamentais para a economia e para a população carente.

Berlofa citou um estudo feito pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) que demonstra que a América Latina pode perder, em um ano, todas as conquistas de uma década inteira em termos econômicos. E quinze anos em termos sociais. Se a retração do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 for considerada, explicou Berlofa, cerca de 50% dos trabalhadores estarão na informalidade, aumentando significativamente a pobreza e a miséria na América Latina.

Neste cenário a necessidade do Estado fica evidente. E como exemplo da importância de como os bancos públicos são essenciais para fazer as políticas públicas chegarem a quem precisa, a presidenta da UNI Finanças citou o pagamento do auxílio emergencial para mais de 100 milhões de brasileiros, realizado pela Caixa. Ela explica que esta e outras políticas públicas realizadas no Brasil são exemplos que foram implementados em muitos países, “inclusive na meca do neoliberalismo – os Estados Unidos”, disse.

“Eu costumo dizer que a pandemia deixou o rei nu, porque o tão propalado ‘Estado Mínimo’ e o tal ‘Deus Mercado’ – que tudo pode, que se autorregula, não foram capazes de encarar essa crise. Não fosse a presença do Estado, nós vivenciaríamos agora uma barbárie”.

Para o secretário nacional da UNI América Finanças, Marcio Monzone, a pandemia afetou a relação de emprego, a distribuição de renda e a renda dos trabalhadores e acentuou a desigualdade social de toda América Latina. E avaliou que somente um sistema de bancos públicos fortalecido será capaz de assegurar o combate à desigualdade no continente.

“Os bancos públicos são importantes não só em situação de pandemia. São instrumento vital para disseminar e distribuir recursos para a população que precisa, para apoiar a economia nos pequenos municípios, apoiar o desenvolvimento de setores como agricultura, pequenas e médias empresas e o acesso à habitação”, destacou.

Monzone falou sobre a importância da Caixa para impulsionar o programa habitacional da Venezuela em 2011. Com a experiência positiva do Minha Casa Minha Vida, a Caixa demonstrou como utilizar recursos do governo, por meio dos bancos públicos venezuelanos, para que a habitação se tornasse possível para a população de baixa renda na Venezuela.

Como exemplo da importância dos bancos públicos em outros momentos de crise, a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, lembrou a atuação das instituições na crise econômica mundial de 2008. Os bancos públicos atuaram como forte instrumento de políticas anticíclicas como a expansão de crédito e redução das taxas de juros para estimular o consumo.

“Nós sabemos que quando os governos realmente se interessam em fazer políticas públicas e sociais, esses bancos são fundamentais. Na crise financeira mundial de 2008, o presidente Lula usou os bancos públicos para baixar os juros e aumentar o crédito. Assim a crise não atingiu o país. Aconteceu o contrário – nós conseguimos nos desenvolver”, opinou.

 Também participaram do painel o secretário geral da Contraf/CUT, Gustavo Tabatinga;  o vice-presidente da UNI Finanças, Eduardo Negro; o presidente da Associação dos Bancários do Uruguai (AEBU), Elbio Monegal; o secretário geral do Sindicato Único de Trabalhadores do Banco Nacional do Peru (Sutban), Jorge Peña e o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores do Banco da Costa Rica (Uneabanco), Roger Muñoz. A oficina foi intermediada por Guillermo Maffeo, da UNI América.

Fonte: Fenae / Foto: Fenae

Tag: bancos públicos, caixa econômica federal, Fenae, Fórum Social Mundial

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias do DF

Sol Nascente, uma das áreas mais carentes do DF, tem drenagem concluída e vias principais recebem pavimentação, com novas calçadas, meios-fios e um balão entre a região e Ceilândia

Aproveitando o período de estiagem, as equipes da Secretaria de Obras e Infraestrutura do Governo do Distrito Federal (GDF) intensificaram...

Em Notícias do DF | 12 de junho de 2025

Ações que combinam monitoramento diário e limpeza de regiões estratégicas do DF têm mostrado eficácia para combater o Aedes aegypti e refletem na redução de mais de 95% dos casos de dengue em Brasília

Desde janeiro de 2024, uma força-tarefa composta por 11 órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), instituída pela portaria nº...

Em Notícias do DF | 11 de junho de 2025

GDF moderniza a iluminação pública do DF com a instalação de 82,5 mil luminárias de LED , que iluminam mais e consomem menos energia: investimento de R$ 300 milhões

Um novo e moderno sistema de iluminação pública em benefício da população. O Programa de Modernização da Iluminação Pública, lançado...

Em Notícias do DF | 10 de junho de 2025

Viva Flor: programa de proteção às mulheres em situação de risco ultrapassa 1.100 cidadãs monitoradas no DF

O Programa Viva Flor, da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), segue avançando como uma das principais ferramentas...

Em Notícias do DF | 9 de junho de 2025

© 2020 Copyright Brasilia eu vi