Polícia descobre ligação entre o grupo de Rogério Andrade e o caso do assassinato de Marielle Franco

31 de julho de 2023 09:47

Jeferson Tepedino Carvalho, conhecido como Feijão, foi preso por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na última sexta-feira (28). Ele é apontado como possível ligação não apenas com o bicheiro Rogério Andrade, mas também com o ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos tiros que atingiram a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes em 2018, no Rio de Janeiro.

Jeferson seria uma espécie de gerente na exploração de bingos no Rio. Lessa também estaria envolvido nos jogos clandestinos no estado em parceria com ele. De acordo com as investigações, os dois teriam se encontrado pessoalmente para discutir o esquema.

No caso do bingo clandestino da Barra da Tijuca, há outra conexão com Marielle Franco. Entre os “organizadores”, o inquérito cita o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel.

Suel, por sua vez, foi preso no dia 24 de julho, também acusado de envolvimento nas mortes de Marielle e Anderson.

A prisão de Maxwell foi baseada na delação premiada do ex-PM Élcio de Queiroz, que admitiu dirigir o carro usado no assassinato. Ele também afirmou que Ronnie Lessa efetuou os disparos contra as vítimas e que Suel monitorou os passos da vereadora por pelo menos sete meses antes do fatídico dia do crime. Suel também teria se livrado do carro usado no assassinato.

Os delegados da Polícia Civil Marcos Cipriano e Adriana Belém também foram presos, acusados de suposta conexão com a quadrilha liderada por Rogério Andrade. A denúncia aponta que ambos teriam influenciado na recuperação de máquinas caça-níqueis apreendidas no bingo do Pepê, fechado em 24 de julho de 2018, que era gerenciado por Lessa.

Por sugestão de Andrade e Gustavo Andrade, filho do contraventor, Ronnie entrou em contato por meio de um aplicativo de mensagens com o delegado Marcos Cipriano para intermediar um encontro com a delegada Adriana Belém, na época titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), jurisdição onde ficava o cassino.

Marielle Franco foi executada em 14 de março de 2018, por volta das 21h30, dentro de seu carro, no Estácio, no Rio de Janeiro. Ela foi atingida por quatro disparos no rosto. Anderson Pedro Gomes também foi assassinado na ação.

Reprodução/Diário do Centro do Mundo

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