“Parasita”: processado pelo pai, herdeiro da Marabraz banca luxo de Marina Ruy Barbosa
11 de dezembro de 2024 13:29O empresário Jamel Fares, de 64 anos, sócio-fundador da rede de varejo Marabraz, está processando seu filho, Abdul Fares, de 40 anos, em uma disputa judicial que expõe um intenso conflito familiar pelo controle de um império avaliado em R$ 1 bilhão, conforme informações da Folha de S.Paulo.
A ação foi movida por Jamel após Abdul, conhecido pelo relacionamento com a atriz Marina Ruy Barbosa, abrir um processo de interdição contra o pai, alegando problemas de saúde e comportamento agressivo. Em resposta, Jamel classificou o filho como “ingrato” e “parasita”.
Marina Ruy Barbosa foi citada em processo
O estilo de vida de Abdul e seu relacionamento com Marina Ruy Barbosa também foram mencionados no processo. Jamel afirma que o herdeiro gastou “pelo menos R$ 22,5 milhões” em despesas pessoais, incluindo viagens de jatinho, passeios de helicóptero, presentes de luxo e um anel avaliado em US$ 1 milhão dado à atriz.
A ação descreve o estilo de vida do casal como “nababesco” e aponta Abdul como responsável por administrar mal os recursos familiares.
Marina Ruy Barbosa tem atraído atenção pelo noivado luxuoso com Abdul, que começou em maio de 2023 e foi tornado público em agosto do mesmo ano. O relacionamento foi revelado durante um evento da marca de roupas de Marina, Ginger, no Rio de Janeiro.
A atriz declarou que foi apresentada a Abdul por amigos em comum. “Falaram que a gente tinha que se conhecer”, disse ela em entrevista a Léo Dias. Dois meses após o encontro, o casal ficou noivo em Dubai, e Marina apareceu na Paris Fashion Week exibindo a tal “aliança de diamante”.
A atriz também foi flagrada com o noivo no embarque do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no começo do ano. Mas o que chamou a atenção foram as bolsas e malas grifadas — e caríssimas — usadas pelos dois.
Entre os itens, destacaram-se dois exemplares de tamanhos diferentes da bolsa Birkin, da Hermès. A menor, de 25 cm, na cor laranja, está avaliada em pelo menos R$ 180 mil! A maior, de 40 cm, não fica muito atrás e custa, no mínimo, R$ 150 mil.
As malas de Marina também não passam despercebidas. A de mão, feita de couro matelassado, é da Chanel e já não está mais disponível no mercado. Em brechós de luxo, no entanto, é possível encontrar o modelo por pouco mais de 9 mil dólares, cerca de R$ 46 mil.
Apesar da visibilidade inicial, Marina tem mantido o relacionamento longe dos holofotes. A atriz opta por compartilhar momentos com Abdul em ocasiões especiais, como aniversários ou viagens. Recentemente, ela anunciou que está “fazendo um test-drive” no relacionamento, morando com o bilionário antes de oficializarem a união.
O processo
O caso, que tramita na comarca de Simões Filho (BA), gerou uma reação imediata de Jamel. Ele contratou o escritório Warde Advogados para sua defesa, que acusa Abdul de falsidade ideológica. Na petição apresentada em 5 de dezembro, Abdul é descrito como “ingrato e parasita”.
A defesa questiona a escolha do foro baiano, apontando que nem pai nem filho têm ligação com a cidade. Segundo os advogados, Abdul teria utilizado documentos falsos para manipular a jurisdição, o que pode levar a uma pena de até cinco anos de prisão e multa.
“É uma ação estarrecedora, inacreditável”, destaca o texto da petição, que aponta a escolha do foro como uma tentativa de dificultar a contestação da interdição.
Abdul teria declarado um endereço em uma casa alugada por R$ 2.500 na Bahia para justificar a escolha da comarca, apesar de ambos residirem em condomínios de luxo em Alphaville, Barueri (SP). O Ministério Público recomendou que a apreciação da curatela fosse suspensa até a verificação do domicílio.
Acusações de má gestão
A disputa de Jamel com Abdul é apenas uma parte de um longo embate entre gerações da família Fares. Jamel e seu irmão Nasser, administradores da holding LP Administradora, já haviam recorrido à Justiça de São Paulo para recuperar ações da empresa em nome de seis herdeiros.
“Nada mais doloroso para um pai do que processar criminalmente o próprio filho”, afirma o documento apresentado pela defesa ao 2º Distrito Policial de Barueri. O estilo de vida de Abdul foi descrito como “digno de um potentado árabe”, sustentado pelas rendas de imóveis da família.
Origem do conflito
O embate familiar teve início em 2011, quando o patrimônio foi transferido para o nome dos herdeiros como parte de uma estratégia de proteção. Contudo, o arranjo se desgastou nos últimos anos, com acusações de má gestão e despesas incompatíveis com o perfil austero dos fundadores da Marabraz.
O escritório Warde Advogados detalhou na queixa-crime como a movimentação financeira da família passou a ser comprometida por luxos supérfluos.
Enquanto Jamel e Nasser tentam retomar o controle da holding, Abdul é acusado de manipular a estrutura administrativa em benefício próprio, agravando ainda mais a crise familiar que agora se desenrola nos tribunais.
Foto de capa: Reprodução/Instagram
Reprodução/Diário do Centro do Mundo