Para diretor do Dieese, se a caixa não for um banco de caráter social, não haverá distribuição de renda

9 de agosto de 2021 11:31

Com o debate “A Caixa que queremos para o futuro do Brasil”, o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Fausto Augusto Junior, afirmou que a Caixa será fundamental para a recuperação da economia do país. No painel do 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), o diretor mostrou que o banco público é lucrativo, assim como as outras empresas públicas, e como ele é importante para interferir na lógica de distribuição regional da riqueza e para a população que vive nos extremos do país.  

Para o diretor técnico, é por meio das empresas públicas – Caixa, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – que vamos conseguir dirigir investimentos e organizar lógicas de recurso para impulsionar crescimento descentralizado. “A gente precisa inevitavelmente enfatizar o papel social da Caixa. É fundamental que a gente deixe bem claro para a população brasileira que se não tiver a Caixa Econômica Federal, se a Caixa não for um banco público, com caráter social de agência publica, nós não teremos distribuição de renda nesse país”, enfatizou.  

Na coordenação da mesa estavam os membros da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa): a diretora de Políticas Sociais da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Rachel Weber; Edgard Antônio Bastos Lima (FENACEF) e Márcio Wanderley Lopes (Fetrafi RJ/ES).  

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, também reforçou o papel da Caixa como fundamental para mais digno e com mais justiça social. “A gente só vai ter futuro se a gente conseguir manter a Caixa neste presente. Precisamos garantir a sobrevivência da nossa empresa. Essa semana vimos o que aconteceu com os Correios, que foram essenciais nesta pandemia, assim como foram os trabalhadores da saúde e a categoria da bancária, em especial os trabalhadores da Caixa.   

FGTS 

O diretor técnico do DIEESE destacou ainda o ataque o Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) vem sofrendo. Um dos pontos, foram os saques e contribuições que vem sendo liberados pelo governo federal, ameaça à sustentabilidade do Fundo.  

“O FGTS está sendo desconstruído pelo atual governo por uma série políticas. “[…] Há uma clara perda de capacidade financeira do fundo. Isso tudo está em movimento e precisamos chamar atenção para isso, denunciar. Porque é isso que viabiliza de fato chegar financiamento imobiliário a quem mais precisa”, reforçou. 

 Movimento em defesa da Caixa pública
 
Em defesa da Caixa pública e dos empregados, que seguem atuando incansavelmente durante a pandemia, a Fenae lançou durante o 37º Conecef o movimento em defesa da Caixa pública, dos bancários e do Brasil: Caixa Social é Caixa Pública. Social é ser Pública.  

O objetivo é mobilizar a sociedade para defender a Caixa pública e reforçar a importância do banco público para toda a população e no desenvolvimento de um país justo. “Precisamos criar um movimento em defesa da Caixa. Precisamos ganhar os corações e mentes da população na defesa deste patrimônio público que é a Caixa”, explicou Sergio Takemoto.

Fonte: Fenae /

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