Nikolas e Carol de Toni: para Gleisi, Lira tem culpa por radicais na Educação e CCJ
7 de março de 2024 14:55A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou nesta quinta-feira (7) nas redes sociais que o governo não tem responsabilidade sobre as escolhas dos presidentes de comissões na Câmara, criticando a eleição dos bolsonaristaS radicais Nikolas Ferreira (PL-MG), para a Comissão de Educação, e Carol de Toni (PL-SC) para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
“Sobre a escolha dos presidentes das comissões na Câmara, é preciso dizer que nada tem a ver com o governo. Lidamos com quem a população elege, levando em conta o tamanho das bancadas. Assim como o PT presidiu a CCJ no ano passado, sendo a 2a maior bancada, a alternância mediante acordos tem que acontecer”, escreveu no X.
Em seguida, ele afirmou que a entrega das duas importantes comissões aos bolsonaristas foi “muito ruim” para a base governista e para o país.
” Mas também é preciso dizer que o desfecho de ontem foi muito ruim. PL indicou gente radical demais, desrespeitosa pra CCJ e mal-educada, como o deputado pra presidir a comissão da Educação. Isso depõe contra a própria Câmara, infelizmente. É lamentável”.
Em entrevista ao site Poder 360, Gleisi culpou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por avalizar as indicações de radicais pelos partidos da oposição. Embora os presidentes das comissões sejam eleitos, a votação acontece após acordo entre os partidos.
“Eu acho que o presidente da Casa devia ter tentado fazer isso, mas infelizmente a Câmara vai pagar o preço, não somos nós, não”, afirmou.
Segundo o site, Nikolas Ferreira, que é réu por incitar transfobia em uma escola particular de BH, foi escolhido pelo PL para provocar o governo Lula e teve que ser convencido a aceitar a indicação para presidir a Comissão de Educação.
Em nota, o deputado bolsonarista, que já havia feito ameaças em tom de ironia nas redes após a eleição, atacou o PT, dando o tom de como vai comandar a comissão.
“As relatorias serão divididas pela proporcionalidade da comissão e a pauta será definida por consenso, diferentemente do que vivi como titular na Comissão de Direitos Humanos, sob a presidência de uma Deputada do PT, que não respeitava os partidos de oposição, não designava relatorias e não debatia a pauta da comissão com todos os pares”, declarou.
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