Integrado ao Bahia Pela Paz, CSU de Feira de Santana tem obra de requalificação iniciada pelo Governo do Estado
12 de setembro de 2024 14:18Atividades de lazer e inclusão social vão ganhar um novo espaço em Feira de Santana, com o anúncio da primeira etapa das obras de requalificação do Centro Social Urbano (CSU), na manhã desta quinta-feira (12), no município. O equipamento de integração comunitária está inserido no Bahia Pela Paz e sediará atividades e serviços do programa, que tem a juventude de comunidades baianas como público prioritário. O CSU de Feira será o primeiro do interior a ser modernizado, com investimento de R$ 9 milhões do governo estadual, através da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades). Cerca de 25 mil pessoas por mês têm acesso a serviços, aulas de dança, música, pilates e outras iniciativas realizadas no local.
O governador Jerônimo Rodrigues enfatizou que a reforma dos CSUs é fundamental para a atuação junto ao programa Bahia Pela Paz. “É para fazer enfrentamento às questões de inclusão e de segurança pública. Então, a segurança pública diz respeito à polícia, mas não é só sobre polícia. Vamos trabalhar o aspecto do emprego, do cuidado. Nós estamos montando uma metodologia de atendimento com atenção especial à saúde, à cultura, à juventude, à igualdade racial, aos direitos das mulheres. A infraestrutura será repaginada, mas, também, o projeto pedagógico dos CSUs”, frisou.
O secretário José Leal, da Seades, relembrou que nove unidades do CSU em Salvador já estão sendo modernizadas, com previsão de entrega até junho de 2025. “Hoje, estamos avançando no interior, começando pelo maior CSU do estado. A gente vai fazer a transição dos equipamentos e das atividades, que estão sendo feitas aqui, de forma que não traga nenhum desconforto ou transtorno à comunidade. Esse instrumento é de extrema importância para os eixos fundamentais do ‘Bahia pela Paz’, mas, também, do Bahia Sem Fome,” pontuou.
Como parte das ações do ‘Bahia Sem Fome’, serão realizadas, ainda, atividades de plantio com os moradores de Feira de Santana na horta comunitária do CSU. Ela estará aberta para uso e cuidado coletivo. Ao todo, são 23 CSU’s na capital e no interior da Bahia. Na primeira etapa, o Centro Social Urbano de Feira de Santana vai ter os muros e quadras recuperados e cobertos.
De acordo com o secretário da Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, os CSUs têm um papel fundamental na promoção dos direitos humanos. “O CSU é, justamente, esse organismo vivo, onde a comunidade tem a oportunidade de se capacitar, de ter acesso à cultura. Isso é muito importante, porque polícia é segurança pública, mas segurança pública não é só polícia. A comunidade vai estar mais perto das forças de segurança, das secretarias de Estado, que vão entender suas necessidades, fazendo uma atuação intersetorial”, avaliou.
O governador também autorizou a abertura de licitação para a segunda etapa da requalificação, que prevê a modernização do espaço, o aumento da acessibilidade e a instalação de um restaurante comunitário, construído do zero. Em Feira de Santana, serão fornecidas de 500 a 1000 refeições por dia.
Bahia pela Paz
O trabalho realizado pelos Centros Sociais Urbanos da Bahia passará a compor as ações do ‘Bahia Pela Paz’. Aprovado em votação na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) em maio deste ano, o programa conta com R$ 234 milhões para as ações, a partir do segundo semestre deste ano, e atuará em comunidades da capital e do interior da Bahia, com cinco eixos prioritários: Prevenção Social da Violência Letal; Redução da Violência Letal; Prevenção do Risco de Reincidência Delitiva; Pactuação Institucional; Comunicação com a Sociedade e Participação das Comunidades. Dez secretarias de Estado participam do ‘Bahia Pela Paz’ com ações específicas e em parceria com outras pastas estaduais ou órgãos do sistema de justiça.
Coletivos Bahia pela Paz
Desde o dia 5 de setembro, o Governo também está com edital de chamamento público aberto para seleção de organizações que vão executar o projeto Coletivos Bahia pela Paz, com cerca de R$ 50 milhões empregados pelo Estado — só na primeira fase — para iniciativas que promovam a geração de emprego e renda, a educação e o acompanhamento psicológico. Feira de Santana está entre as cidades da primeira fase do projeto, assim como Camaçari, Dias D’Ávila, Lauro de Freitas, Salvador, Jequié, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho e Valença.
Equipamento histórico
O CSU de Feira de Santana foi construído em 1975 e abrange uma escola, em parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), que atende 500 estudantes do 5° ao 9° ano do Ensino Fundamental; capacitação para pequenos empreendedores; pilates; aulas de dança e atividades lúdicas para idosos; auditório para apresentação de concertos musicais; Centro de Atendimento Pós-Covid, com equipes de saúde da Uefs; e complexos esportivos para atividades de vôlei e futsal.
Cerca de 190 crianças, adolescentes e jovens também compõem o Núcleo Territorial do Neojibá, que funciona no CSU. Com a requalificação, o grupo vai ganhar mais espaço e uma oficina de luthieria.
Sala Elas à Frente
Entre as políticas sociais do CSU de Feira de Santana, vão estar as de enfrentamento à violência contra a mulher, com a instalação de uma sala Elas à Frente, gerida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado (SPM). Haverá, no local, trabalhos para inclusão socioeconômica de mulheres em situação de violência ou vulnerabilidade social.
Foto de capa: Feijão Almeida/GovBA
Reprodução/Diário do Centro do Mundo