Haddad fala sobre a possibilidade de vir a ser o sucessor de Lula

2 de janeiro de 2024 09:53

O desempenho do ministro Fernando Haddad à frente do Ministério da Fazenda o coloca como possível sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na visão de economistas, parlamentares e cientistas políticos. Os sinais são vários, como a aprovação de reformas, uma boa relação com lideranças do Congresso e números da economia acima do esperado.

O ministro, no entanto, em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta terça-feira (2), escapa da pergunta:

“Acredito que existe consenso dentro do PT e da base aliada sobre a candidatura do presidente Lula em 2026. Na minha opinião, é uma coisa que está bem pacificada. Não se discute”, afirma. Diante da insistência de que, em algum momento Lula precisará de um sucessor, ele retruca:

O Lula foi três vezes presidente. Provavelmente, será uma quarta. Ao mesmo tempo que é um trunfo ter uma figura política dessa estatura por 50 anos à disposição do PT, também é um desafio muito grande pensar o day after”, pondera.

A questão vai se colocar

Haddad afirma não participar das reuniões internas sobre isso. “Mas, excluído 2026, o fato é que a questão vai se colocar. E penso que deveria haver uma certa preocupação com isso. Porque a natureza da liderança do Lula é diferente da de outros fenômenos eleitorais. O bolsonarismo tem uma dinâmica muito diferente”, diz.

Haddad diz não pensar em ser sucessor de Lula. “E só passou pela minha cabeça em 2018 porque era uma situação em que ninguém queria ser vice do Lula. E aí, um dia, ele falou: ‘Haddad, acho que vamos sobrar só nós dois’. Dentro da cadeia. Eu disse: ‘Pense bem antes de me convidar, porque vou aceitar’. E acabou acontecendo”, revelou.

Já sobre as críticas que recebe, inclusive dentro do PT, o ministro da Fazendo soltou:

“Eu fui criticado no MEC, mas virei o melhor ministro da Educação da história do país, depois que deixei o MECMelhor prefeito da história de São Paulo, depois que deixei a prefeitura. Tomara que aconteça a mesma coisa agora (como ministro da Fazenda)”, encerrou.

Reprodução/Revista Fórum

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