Governador da Bahia, Rui Costa detona Bolsonaro: “Se não quer ajudar, não atrapalhe”

8 de março de 2021 11:31

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), em entrevista ao canal Band, não poupou críticas a postura do governo Bolsonaro diante da pandemia. Costa iniciou dizendo que “é inacreditável que, no meio da pior crise de saúde pública o presidente da República divulgue notícia falsa”, disse.

Em outro momento, Costa afirmou que as posturas do governo federal “seriam cômicas, caso não fossem trágicas”. “O orçamento total da Bahia, incluindo todos os poderes: executivo, legislativo, judiciário, o Ministério Público, somando tudo no ano, não passa de R$ 50 bi. O presidente disse que mandou pra Bahia R$ 67 bi. É inacreditável que um presidente da República se dê a esse tipo de agressão e distribuição de mentira nas suas redes sociais para o país inteiro”, criticou.

O governador da Bahia também lembrou quando, no começo da pandemia, instituiu controle sanitário no aeroporto de Salvador e o governo Bolsonaro entrou na justiça para barrar tal ação. “Eu vou citar aqui, eu sempre cito esse exemplo: no primeiro dia da pandemia nós montamos no aeroporto de Salvador um grupo de técnicos de saúde para medir a temperatura e para fazer o teste para ver se os passageiros que chegavam no aeroporto estavam ou não contaminados”, lembrou.

“Fizemos isso por três dias identificando as pessoas que estavam contaminadas, comunicando que procurassem se guardar em quarentena e avisando os outros passageiros do avião ‘ó, tinha passageiro do avião contaminado, por favor faça o teste’. Pois bem, a Anvisa entrou na Justiça e conseguiu decisão judicial para impedir que o estado fizesse medição de temperatura e teste para saber se as pessoas estavam com Covid. Ou seja, deve ser o único caso do planeta que a agência que deveria cuidar da saúde das pessoas, estava impedindo um estado subnacional de monitorar a proliferação do vírus”, disse Costa.

Poe fim, Costa afirmou que, desde o início, a postura do governo Bolsonaro sempre foi para atrapalhar as ações locais de combate ao vírus. “Esse sempre foi o tom do governo federal: ao invés de ajudar, atrapalhar. Era preferível aquele velho ditado: se não pode ajudar, pelo menos não atrapalhe. Mas eles preferiram nem esse ditado seguir, ou seja, além de não ajudar buscaram, sempre que puderam, atrapalharam. É um caso único no mundo onde o governo não quis controlar a proliferação do vírus”, finalizou.

Fonte: Revista Fórum / Foto: Reprodução

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