“Fake News”: Silvinei segue negando interferência da PRF nas eleições e pede R$ 52,8 mil em indenização
10 de agosto de 2023 10:08O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques processa o superintendente da corporação no Paraná por criticar o uso político da PRF. O bolsonarista pede uma indenização por danos morais no valor de R$ 52.800. A informação é do G1.
Silvinei foi preso na última quarta-feira (9) por suspeita de favorecimento ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. A prisão, que ocorreu em Florianópolis (SC), foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Vasques entrou com ação de danos morais por entender que Fernando Cesar Borba de Oliveira, que assumiu o comando da PRF no Paraná nesse ano, o criticou quando falou sobre o uso político da corporação em entrevistas logo após tomar posse.
Os representantes do bolsonarista citam entrevistas em que Fernando Oliveira teria lançado “fake news ofensivas ao bom nome” do ex-comandante-geral. Silvinei também alega ter sido atingido por fala em podcast “espalhando falsamente que a polícia rodoviária tentou impedir eleitor de votar”.
Na ocasião, Oliveira disse que a atuação da PRF na segunda etapa do pleito “não foi normal” e que havia uma apuração sobre os bloqueios ocorridos nas rodovias do país em 30 de outubro de 2022.
“O que houve ali, até acho que é algo quase incontestável, é uma tentativa de instrumentalização da polícia por parte do governo à época. Lembro até hoje que no dia do 2º turno, eu fui votar pela manhã, à tarde liguei a televisão e não se falava da eleição, se falava da PRF”, afirmou o superintendente da PRF no Paraná.
A defesa de Fernando Oliveira, no entanto, afirmou que a fala do superintendente “não se caracteriza como notícia falsa, mas mera manifestação crítica, acobertada pela liberdade de expressão”.
“Além disso, é público e notório que Silvinei Vasques está sendo acusado de ter intensificado ações nas rodovias no 2º turno das eleições, não havendo falsidade nesta afirmação”, completou a advogada Patrícia Nymberg.
Reprodução/Diário do Centro do Mundo