Ex-deputado cassado, Dallagnol pede socorro a Elon Musk

19 de abril de 2024 10:00

Ex-coordenador da Lava Jato e deputado federal cassado, Deltan Dallagnol (Novo) agora pede ajuda ao bilionário de extrema direita Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), para fazer pressão sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) – e principalmente sobre o ministro das duas Cortes Alexandre de Moraes.

Em um “textão”, Dallagnol se apresenta como “promotor-chefe no caso Lava Jato, que levou Lula à prisão”, em um processo fraudulento e que tinha como objetivo principal um projeto de poder e de enriquecimento ilícito por parte dos procuradores. A prisão injusta do presidente Lula (PT) já foi classificada como “um dos maiores erros judiciários da história do país” pelo ministro do STF Dias Toffoli, sendo fruto de uma “armação”. Ainda nas palavras do ministro, tal “armação” foi “o verdadeiro ovo da serpente dos ataques à democracia e às instituições que já se prenunciavam em ações e vozes desses agentes contra as instituições e ao próprio STF. Ovo esse chocado por autoridades que fizeram desvio de função, agindo em conluio para atingir instituições, autoridades, empresas e alvos específicos. (…) Sob objetivos aparentemente corretos e necessários, mas sem respeito à verdade factual, esses agentes desrespeitaram o devido processo legal, descumpriram decisões judiciais superiores, subverteram provas, agiram com parcialidade e fora de sua esfera de competência. Enfim, em última análise, não distinguiram, propositadamente, inocentes de criminosos. Valeram-se, como já disse em julgamento da Segunda Turma, de uma verdadeira tortura psicológica, um pau de arara do século XXI, para obter ‘provas’ contra inocentes”.

É justamente nos “ataques às instituições”, citados por Toffoli, que reside o ponto central do recado de Dallagnol a Musk. Ao longo do texto, ele pede que o bilionário, que vem fazendo acusações graves contra o governo Lula (PT) e contra o Judiciário brasileiro, dê repercussão à cassação de seu mandato, relatada por ele como injusta e baseada em uma suposta perseguição, como forma de pressionar ainda mais o STF e o sistema de Justiça.

Foto: Reprodução

Reprodução/Brasil 247

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