Emissoras, revistas e até New York Times: Duzentos veículos vão cobrir ato pela democracia na USP

11 de agosto de 2022 10:13

O ato pró-democracia na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, realizado na quinta (11/08), em São Paulo, será acompanhado por pelo menos 200 jornalistas de veículos nacionais e internacionais. De acordo com a organização do evento, entre os já credenciados estão uma dezena de profissionais estrangeiros que devem acompanhar a leitura da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito”.

O documento que será lido na faculdade não cita diretamente Jair Bolsonaro (PL), mas critica com contundência “ataques infundados” ao sistema eleitoral e ao “Estado democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira”.

Se inscreveram até agora profissionais do jornal norte-americano The New York Times, do francês Liberation, do britânico Financial Times e da revista alemã Der Spiegel. Entre as emissoras de TV que enviarão correspondentes estão a CNN internacional, a inglesa BBC e a suíça RSI Televisione. A agência de notícias britânica Reuters também estará presente.

Embora não seja mencionado, o próprio presidente entendeu que o texto é endereçado a ele e passou a fazer críticas ferozes, dizendo que a “cartinha” foi assinada por pessoas sem caráter, caras de pau e até mesmo por empresários “mamíferos”.

A carta já teve a adesão de 858 mil pessoas até esta quarta (10/08). Entre os signatários estão banqueiros como Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, do Itaú, ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Nelson Jobim, empresários como Eduardo Mazzilli, da Votorantim, Pedro Passos, Guilherme Leal e Fabio Barbosa, da Natura, e Walter Schalka, da Suzano, e artistas e personalidades como Chico Buarque e Luciano Huck.

Entre as entidades que endossam o documento estão Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP), Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e as centrais sindicais CUT, Força Sindical e UGT.

Por: Diário do Centro do Mundo

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