Dono de banca em camelódromo diz não saber motivo de transferência para Mauro Cid

O ourives mencionado no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), por realizar uma transferência bancária ao tenente-coronel Mauro Cid, confirmou ter efetuado o depósito, contudo, alegou não poder fornecer evidências, atendendo ao pedido da Polícia Federal (PF). Essa informação foi divulgada pelo G1.

“Heitor Garcia Cunha”, joalheiro e proprietário de uma banca especializada na comercialização de aparelhos eletrônicos no Hipercamelódromo OK, localizado no Setor Campinas, em Goiânia (GO), declarou: “Não possuo qualquer relação com isso, não o reconheço, jamais o vi, desconheço quem seja. Tomei conhecimento agora.”

O relatório detalha que Heitor depositou um único montante de R$ 20.520 para Mauro Cid, no ano de 2022. No entanto, ele esclareceu que obteve os dados de terceiros e que não consegue recordar o motivo da transação. “Tudo não passa de um mal-entendido a respeito de um depósito que efetuei na conta de alguém cujos dados me foram fornecidos por outra pessoa”, ressaltou. “Alguém me forneceu os detalhes da conta para eu realizar o depósito e efetuar o pagamento em nome dessa pessoa.”

Adicionalmente, Heitor argumentou que essa é uma prática “habitual” para qualquer comerciante, visto que, de acordo com ele, é comum receber a chave Pix para efetuar pagamentos no cotidiano. Ele também disponibilizou comprovantes e registros de conversas para a PF e assegurou que a situação se trata de um mal-entendido envolvendo seu nome.

Mauro Cid exerceu a função de ajudante de ordens de Bolsonaro ao longo dos quatro anos de seu mandato. Ele está sendo investigado pela PF sob suspeita de desvio e tentativa ilegal de venda das joias e relógios ofertados pela ditadura saudita à Presidência da República durante viagens oficiais. O militar se encontra detido desde maio.

Reprodução/Diário do Centro do Mundo