Defesa dos bancos públicos é a bandeira da categoria de bancários em 2021
28 de julho de 2021 11:53A Campanha Nacional da categoria bancária neste ano será em defesa dos bancos e das empresas públicas. “Com o acordo de dois anos fechado e renovado, nossa pauta unificada é defender os bancos públicos e lutar contra a privatização, mas para isso precisamos debater, definir e organizar nossas estratégias de enfrentamento, além de ampliar nossa base de atuação, já que o ramo financeiro não é composto mais somente por bancários e bancárias, o número de financeiras e cooperativas têm aumentado, e são categorias, como todas as demais que precisam ter sindicato representativos e atuantes”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.
Para o diretor da executiva da CUT Nacional, Milton Rezende, o movimento sindical precisa se reinventar e ampliar as bandeiras de luta. “Os sindicatos precisam passar a representar ramos de atuação e não somente categorias e ir além das pautas específicas, incluindo temas que dialoguem com a sociedade e não se resumam apenas em notas de solidariedade. É pensar também em políticas públicas sociais e de inclusão”, afirma.
Caixa
Funcef, condições de trabalho e Saúde Caixa foram os debates específicos do funcionalismo da Caixa explanados pelo diretor-presidente da APCEF/SP, Leonardo Quadros, que também é secretário de Imprensa e Comunicação da FETEC-CUT/SP, membro do GT Saúde Caixa e empregado da Caixa desde 2003.
“Graças ao nosso Acordo Coletivo de Trabalho não houve alteração no plano de saúde da Caixa, pois nenhuma mudança pode ocorrer sem debate com as entidades, além disso, a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 956/2018 na Câmara dos Deputados, de autoria da deputada Erika Kokay (PT/DF), busca anular os efeitos de uma das resoluções mais nocivas aos planos de saúde das estatais, a Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), contudo, ainda falta sua votação no Senado. Mas o governo não vai desistir e para isso precisamos resistir de forma organizada e mobilizada”, explica o dirigente sindical.
A resolução prevê um custeio paritário do plano, alterando o modelo atual, de 70% para a Caixa e 30% para os empregados. “O que vai tornar os planos de saúde inviáveis, do ponto de vista financeiro, e certamente, em meio a uma pandemia, nunca foi tão necessário ter um plano de saúde”, avalia a diretora de bancos federais do Sindicato dos Bancários do Pará e bancária da Caixa, Cristiane Aleixo.
Fonte: Fenae / Foto: Sindicato dos Bancários do Pará