“Bolsonaro é problema de código penal”, diz Padilha sobre formação de comissão nacional de crise da pandemia

1 de março de 2021 14:40

Em entrevista ao Fórum Café nesta segunda-feira (1º), o ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) defendeu a formação de um comitê de crise, com representantes de prefeitos, governadores, judiciário e especialistas para alinhamento de medidas contra o caos instituído por Jair Bolsonaro no país diante do agravamento da pandemia do coronavírus.

“Eu defendo que a gente constitua uma Comissão Nacional de Crise, que juntos o Congresso Nacional, o judiciário, os governadores, as lideranças dos prefeitos, um comitê de especialistas. E tem que ter o judiciário, o Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público, porque precisa ter um alinhamento nacional do judiciário e do MP”, afirmou.

Segundo Padilha, desde o começo da pandemia, Bolsonaro vem cometendo crimes de responsabilidade em série, mas costurou uma base no Congresso, que resultou na eleição de Arthur Lira (PP-AL) para presidência da Câmara, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para o comando do Senado, que torna praticamente impossível um processo de impeachment.

“Não acho que problema de Bolsonaro é psiquiátrico, não. É problema de código penal, crime de responsabilidade, questão política. E ele é um grande operador político. Construiu uma base – e a eleição para presidência da Câmara foi a maior prova disso – para que, se entrar qualquer pedido de impeachment lá, será derrotado”, afirmou o deputado, ressaltando que “quando você tem um pedido como esse derrotado, você pode fortalecer ainda mais o presidente da República”.

Para o deputado, a participação do judiciário é imprescindível na Comissão para dar mais celeridade na tomada de ações e para detectar novos crimes de responsabilidade cometidos por Bolsonaro.

“Por considerar que Bolsonaro sozinho, que o governo federal sozinho não tem condições de liderar essa tragédia é que eu defendo a constituição de um comitê mais amplo que tenho poder de alinhamento e de cobrança sobre isso”, afirmou.

Fonte: Revista Fórum / Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados

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