Até Nunes Marques vota contra Bolsonaro em ação sobre “parcialidade” de Alexandre de Moraes no TSE

11 de abril de 2023 10:46

Jair Bolsonaro (PL) sofreu uma derrota esmagadora em uma tentativa de seus advogados de frear – ou ao menos retardar – o processo que pode deixá-lo inelegível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na ação, os advogados de Bolsonaro queriam que o presidente da corte, o ministro Alexandre de Moraes, fosse considerado parcial no julgado no processo sobre abuso de poder político no caso das lives do ex-presidente no Palácio do Planalto durante o período eleitoral.

A defesa cita o gesto de degola feito por Moraes durante sessão da corte em 27 de setembro de 2022. A imagem, que mostra Moraes passando o dedo no pescoço, foi usada por Carlos Bolsonaro (PL-RJ) nas redes sociais: “O que será que o Ministro Alexandre de Moraes quis dizer com esse gesto?”, indagou.

O gesto, no entanto, foi feito em tom de brincadeira a um funcionário da corte que demorava para passar uma informação ao ministro.

Advogados de Bolsonaro alegavam que o gesto feito durante julgamento em que Moraes deu o voto de desempate contra processo movido pelo ex-presidente  “indicou uma conduta que reflete uma ausência de imparcialidade” e “é apto a revelar comportamento processual legalmente inadmissível”.

No julgamento da ação no plenário virtual do TSE nesta segunda-feira (10), Bolsonaro foi derrotado por 7 a 0, com voto contrário até mesmo do ministro Kássio Nunes Marques, alçado por ele ao Supremo Tribunal Federal (STF).

No meio jurídico, a derrota acachapante, com voto de Nunes Marques, mostra que a inelegebilidade de Bolsonaro é apenas uma questão de tempo.

Reprodução/Revista Fórum

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