TÚMULO
3 de setembro de 2019 11:43 | O Roda Viva com o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept Brasil, deixou claro que a Lava Jato não destruiu apenas as instituições e a economia do País. Acabou, também, com o jornalismo brasileiro.
Diante de um dos mais importantes jornalistas do mundo e de uma pauta absolutamente instigante – os vazamentos do Telegram – a âncora do programa e a maioria dos repórteres presentes desandaram, inacreditavelmente, a fazer uma defesa rasa, servil da Lava Jato.
Trata-se de mais um subproduto do antipetismo: a falência, nas redações da mídia nacional, do pensamento crítico e da ousadia intelectual.
De tanto se anular como repórter, o jornalista médio da imprensa brasileira tornou-se uma sombra do pensamento conservador, ora submisso, ora uma besta fera tola e irracional, a serviço dos interesses do patrão.
Tornaram-se, todos, tarefeiros.
Diante de um profissional como Glenn, acuados pela própria covardia, derretem-se em platitudes, incoerências e narrativas encomendadas.
As mais tristes, as mais deploráveis.
José Achkar Petrillo
3 de setembro de 2019 15:24Jornalismo Poodles
Daniel
6 de setembro de 2019 13:46Não concordo. O jornalismo brasileiro acabou muito antes da Lava Jato. Basta ver a cobertura acrítica submissa aos EUA dos atentados de 11 de setembro ou a cobertura de campanha da AP 470 (“mensalão”).
O único órgão de imprensa “impressa” que se destacou desde 2001 foi a revista Carta Capital. Não há um único periódico da direita política que tenha um mínimo de senso crítico, todos aderiram a uma campanha sórdida e desinformada contra os governos do PT. Praticamente sem investigação nenhuma, limitam-se publicar os press releases dos amiguinhos.
Já fui leitor do Estado de São Paulo, mesmo sem concordar com a linha editorial. Eu respeitava a seriedade de seu jornalismo, que foi fortemente abalada quando entraram na campanha pelo impeachment. Perderam um leitor (mais um).