TRISTEZA DO JECA
26 de julho de 2019 08:20 |
Desde que a Conexão Araraquara virou mais uma piada
internacional, Sérgio Moro, certamente, não prega o olho. Nota-se,
sobretudo, pelas ações desesperadas e pelas tuitadas, idem.
Ao
anunciar que a Justiça vai destruir as provas colhidas pela Operação
Spoofing, Moro se colocou, como um cachorro louco, acima da lei e do bom
senso – e abaixo do ridículo.
Ele,
simplesmente, não pode mandar apagar nada, nem a faixa de pedestre em
frente ao Ministério da Justiça. Não é o juiz do caso, nem muito menos
tem ingerência sobre a investigação. E mesmo que tivesse, estaria
cometendo o crime de obstrução da Justiça, ao apagar provas sem uma
ordem judicial explícita.
Ou
seja, é o desespero típico de um criminoso de Estado. Acuado e,
principalmente, despreparado para a guerra em que se meteu, o pobre jeca
de Maringá começou a atirar a esmo.
Em
um tuíte da madrugada, o insone ex-juiz, francamente fora de si, avisou
que não tem a lista dos hackeados, mas que estava avisando aos
hackeados que eles haviam sido hackeados.
Ou
seja, o ministro, valendo-se do cargo, acessou a lista de uma
investigação sobre sigilo para, com ela, fazer de reféns autoridades da
República que, acredita, podem lhe ajudar a se safar.
Trata-se, portanto, de um criminoso em plena fúria que precisa, urgentemente, ser parado.