MORO AGONIZA
11 de junho de 2019 11:41 |
Atingido no peito pelos arquivos do The Intercept
Brasil, Sérgio Moro é um espectro que anda, fala e gesticula, mas que,
politicamente, deixou de existir.
Transformou-se
em um pato manco, para usar um termo preciso dos americanos (lame duck)
quando querem se referir a um político já sem serventia, seja porque
está em vias de ser sucedido, seja porque tornou-se inviável dentro do
sistema que o criou.
Bolsonaro,
que antes o perseguia (e era ignorado) em aeroportos para prestar-lhe
continência, fechou-se em copas e, como de costume, relegou aos filhos o
trabalho sujo de defender o super ministro de papel.
Nas
redes sociais, noves fora a histriônica Joice Hasselmann, coube a
Carluxo e companhia recrutarem robôs para a triste tarefa de reverenciar
um cadáver político. Sem sucesso.
Moro
e Deltan Dallangnol estão em um abraço de afogados. Juntos,
protagonizam o último ato da Lava Jato, essa farsa anunciada que
destruiu a economia brasileira e soltou nas ruas esses demônios que
elegeram um presidente da República demente cercado de nulidades e
malucos.
A Lava Jato tem que ser anulada, como exigência processual e, mais ainda, como reparação do processo civilizatório.
Moro e Dallagnol têm que ser processados e pagar por essa lambança.
E Lula, libertado da prisão cruel e injusta a que foi submetido.