DUDU ON THE TABLE
13 de julho de 2019 09:46 |
Não é cortina de fumaça, como insistem e querem os plantonistas de redes sociais.
A
indicação de Eduardo, pelo pai, Jair, à Embaixada do Brasil, em
Washington, é uma ação coerente e, de certa forma, construída para dar
certo dentro desse universo paralelo montado no Palácio do Planalto.
É,
por assim dizer, uma prerrogativa dessa interface delirante onde
Bolsonaro é, de fato, livre para governar. Tudo o mais – economia,
saúde, educação, cultura, ciência, tecnologia – depende das decisões do
mercado financeiro e de lobistas internacionais associados, basicamente,
aos interesses dos Estados Unidos.
Donald
Trump percebeu, desde o início, que o 03, por ser um adolescente
intelectualmente limítrofe, exatamente como o pai, seria uma peça fácil
de manipular.
Tê-lo como
embaixador será uma forma de manter o Brasil preso a uma coleira
diplomática inédita, submetido à força e às vontades das corporações
americanas em troca de afagos, bugigangas e bonés.
Ao
mesmo tempo, a indicação do próprio filho, acima da lei e alheio ao
ridículo, ao cargo de embaixador, dá a Bozo a sensação fantasiosa de
poder.
É um momento
agregado ao teatro de fantoches do qual também fazem parte ministros,
generais e o deputado Hélio Negão quando se perfilam, ao lado do
presidente, em transmissões ao vivo.
Ali,
sentado lado a lado com seus asseclas, como em um simulacro de
inquisição com tradução em libras, Bozo tem permissão para brincar de
presidente, ao mesmo tempo em que alimenta o gado que o idolatra com
rações diversas de ódio, ignorância e preconceito.
Nesse
delírio permitido de República, Eduardo Bolsonaro é o nome perfeito
para embaixador nos EUA. E não apenas pelo feito admirável de ter
fritado hambúrgueres no frio glacial do Maine, aliás, no que parece ter
sido uma ocupação ilegal, para um intercambista.
Mas
porque, no fundo, temos que viver essa experiência antes de, em um
futuro próximo, nos debruçarmos sobre essa época e, finalmente, entender
as razões que levaram quase 60 milhões de pessoas a eleger um
presidente da República demente cercado de filhos idiotas.
Carlos rodrigues
15 de julho de 2019 13:59Perfeito