CÚMPLICE
22 de junho de 2019 11:42 |
Laura Tessler poderia ter sido, muito antes dos arquivos
do The Intercept Brasil, a voz da Justiça e da grandeza do Ministério
Público Federal contra a farsa que condenou o ex-presidente Lula. Mas,
ao invés disso, calou-se e aceitou seu destino infeliz.
A
procuradora foi limada dos interrogatórios de Lula por ordem de Sérgio
Moro – ou alguém tem, ainda, alguma dúvida sobre o poder das sugestões
do ex-juiz sobre o frágil e servil Deltan Dallangnol?
O
conluio que escanteou Laura foi mais do que somente uma ação incestuosa
entre o juiz e o promotor, por si só, um crime passivel de nulidade
absoluta do processo contra Lula.
Foi, também, machismo em estado puro.
Ainda
assim, ela se calou. Preferiu se curvar às circunstâncias e se submeter
a uma humilhação pessoal e funcional em nome sabe-se lá do quê.
Juntou-se ao antipanteão onde brilha a chama da juíza Gabriela Hardt, a plagiadora de Moro.
E
é pouco provável que, agora, tenha dignidade de vir a público para, ao
menos, se desculpar por ter compactuado com uma farsa que destruiu o
País apenas para colocar um homem inocente na cadeia.