CANTO DO CISNE

3 de julho de 2020 18:14 | Publicado por Leandro Fortes

No momento em que a Lava Jato, em ruínas, é denunciada pela Agência Pública por ter mantido um relacionamento ilegal e incestuoso com o FBI, a facção de São Paulo lança-se sobre o moribundo José Serra, do PSDB, com pelo menos uma década de atraso.

Seria cômico, não fosse trágico.

Sabe-se, desde sempre, que Serra e a filha, Verônica, estavam enfiados em mil falcatruas de corrupção, blindados – também, desde sempre – pelo aparato tucano dentro do Poder Judiciário e do sistema de segurança pública de São Paulo.

Havia anos, a esquerda denunciava essa blindagem e as ligações de Serra, um farsante profissional, com esquemas de corrupção e com grupos golpistas. Não à toa, foi ministro das Relações Exteriores de Michel Temer, após o impeachment de Dilma Rousseff.

A Lava Jato decidiu partir para cima desse defunto insepulcro porque não tem mais nada.

Sérgio Moro não passa de um zumbi do Twitter, lutando desesperadamente para não ser esquecido, escrevendo artigos anódinos para uma revista eletrônica de quinta categoria.

Os ratos da República de Curitiba zanzam apavorados, investigados, agora, pelas arbitrariedades e crimes perpetrados ao longo de uma trajetória infame.

Deltan Dalangnol, o menino prodígio do Ministério Público, segue um caminho inexorável em direção ao escárnio público – senão à cadeia, também.

Depois de destruir a indústria pesada nacional, entregar as riquezas do País a estrangeiros e trair as leis com a ajuda de agentes dos Estados Unidos, a Lava Jato caminha para o cadafalso.

É o preço que se paga, por se perder no caminho.

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