ARARAQUARA BLUES
25 de julho de 2019 05:48 |
Sérgio Moro saiu de férias e do País para fazer um
teatro de quinta categoria perigosamente encenado por agentes do Estado,
por ele chefiados.
Pelo
Twitter, querendo demonstrar uma surpresa risível, Moro parabenizou os
agentes da Polícia Federal que prenderam a Equipe Rocket de Araraquara,
quatro jecas enfiados numa trama kafkiana – um deles do DEM, um outro,
um bolsominion com cérebro de minhoca, com o perdão da redundância.
Essa
farsa dantesca começou a ser anunciada, muito antes, quando Moro e
Deltan Dallangnol perceberam que, simplesmente, negar a existência das
mensagens do Telegram, divulgadas pelo The Intercept Brasil, só traria
mais vergonha e confusão.
Decidiram,
então, partir para o delírio da tese dos hackers adulteradores, um
absurdo só passível de ser pautado porque destinado a essa turba de
idiotas adeptas do morobolsonarismo.
A
prisão de hackers era, portanto, uma questão de tempo, um festim
amplamente anunciado pelas hordas bolsonaristas, como bem cabe a esses
tempos de insensatez: nas redes sociais, a deputada Joice Hasselmann, do
PSL, líder do governo no Congresso Nacional, ameaçou o jornalista Glenn
Greenwald, aparentemente, atiçada pela prisão dos russos de Araraquara.
Moro,
o suspeito à frente da investigação, não é apenas um paradoxo. É o
coveiro do estado de Direito de um país anestesiado diante de tantos
absurdos.
Resta saber, até quando.