ANTIPETISTA TEMPORÃO
13 de outubro de 2019 17:00 | Ciro Gomes adotou a duvidosa estratégia de tentar deslocar para si, e para suas pretensões eleitorais, o antipetismo não alinhado ao bolsonarismo.
É uma atitude burra e insensata, mesmo para um neófito, quanto mais para um político experiente que, além de tudo, se acha inteligentíssimo.
O antipetismo não é uma construção fragmentada, mas um padrão monolítico de estupidez que só se desloca por inteiro. Quem o abraça não pode separar os idiotas, os psicopatas e os ignorantes. Tem que levar o pacote todo.
Desde que voltou de Paris, para onde fugiu, no segundo turno das eleições de 2018, Ciro agregou a seu temperamento irascível uma violenta agenda de ataques ao PT e a Lula, a quem, quando lhe foi conveniente, tratava com respeito e admiração.
Pretende, agora, tornar-se a opção antipetista à besta fera que assombra a democracia, no Palácio do Planalto. Para tal, caminha para se compor com a mídia que sempre o desprezou e o tratou como grave portador de histeria.
Em entrevista ao UOL, atacou sites e blogs de esquerda – aliás, ao estilo de seu arquiinimigo, José Serra – e acusou os jornalistas Paulo Moreira Leitez, do Brasil 247, e Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, de terem sido demitidos da Editora Abril por corrupção.
Mentiu, deliberadamente, para se colocar, àqueles que votaram em Bolsonaro, como uma opção com verniz civilizatório, para 2022.
Nunca será.