
AGOSTINHO E A OEA
28 de julho de 2019 23:41 |
Primeiro, foi Pedro Cardoso, o ator, em entrevista a Marcelo Tas.
Tas
é um reacionário de carteirinha que viu no governo de Bolsonaro a
chance de lavar a biografia, como outros arautos do antipetismo que
apoiaram o golpe de 2016. Tem um programa na TV Cultura, a cidadela
tucana, só para isso.
Cardoso,
embora verborrágico, tem um discurso normalmente progressista, mas
amalgamou-se à personagem de sua vida, Agostinho Carrara, uma caricatura
suburbana de taxista da série “A grande família”, da TV Globo.
Em
nome disso, fez uma concessão estúpida a Tas, ao imputar um viés
protofascista aos governos do PT, como condição para falar mal da
direita brasileira diante de um dos queridinhos dela. Chegou a comparar
Lula a Bozo, por si só, um raciocínio cretino, sob todos os aspectos –
além de ser um exercício de desonestidade intelectual.
Agora,
foi a vez de Edson Lanza, relator especial para a liberdade de
expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização
dos Estados Americanos (OEA).
Para
poder mostrar alguma preocupação com as ameaças de Bozo a Glenn
Greenwald e a jornalistas, em geral, Laza precisou compará-lo a dois
ex-presidentes sulamericanos de esquerda: Rafael Correa, do Equador, e,
claro, Hugo Chávez, da Venezuela.
Para
quem não sabe, os Estados Americanos que essa manjada Organização
representa são aqueles 50, lá no Norte. Justamente o império que Chávez
e Correa ousaram desagradar.
A
OEA não tem o mínimo interesse de censurar as loucuras de Bolsonaro
porque ele é um títere nas mãos dos EUA – que é quem manda na OEA.
É puro jogo de cena.
Carlinhos Medeiros
30 de julho de 2019 20:43Perfeito! Aliás, antes de ler seu artigo eu vi no G1 essa infeliz comparação: “Bolsonaro se comporta como Hugo Chàvez”. São cínicos, e essas instituições sempre foram manobradas pelos EUA, a saber: ONU e OEA.