Descobriu a pólvora: “PCC está envolvido”, diz Derrite sobre morte de delegado em SP
18 de setembro de 2025 15:31O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, declarou que “não resta dúvida de que o PCC está envolvido” na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, assassinado na última segunda-feira (15) em Praia Grande. De acordo com o chefe da segurança pública paulista, o crime organizado participou da execução, e a motivação, que pode estar ligada ao cargo de Fontes na prefeitura ou à sua atuação contra a facção, segue sob apuração. Essa lentidão na apuração – fora o fato de o “inimigo público número um” do Primeiro Comando da Capital (PCC) não andar com escolta permanente – vai para a conta do pré-candidaro presidencial Tarcísio de Freitas.
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, por sua vez, mencionou que Ruy Fontes estava “jurado de morte desde 2006” e que, se o envolvimento do crime organizado for confirmado, o caso seria uma “crônica de uma morte anunciada”. Fontes era amplamente reconhecido por sua atuação implacável contra o PCC, sendo considerado um de seus principais inimigos.
O secretário-executivo da Segurança Pública, Osvaldo Nico, já havia declarado que considerava provável a conexão com facções criminosas, dado o histórico de Fontes como um dos principais inimigos do PCC. Nico também descreveu a ação como “planejada e de alta complexidade”, revelando que os executores demonstraram “conhecimento técnico” e tático no combate, com um criminoso na contenção e outros dois executando o ex-delegado com mais de 20 tiros de fuzil.
A polícia identificou dois suspeitos, um deles com ligações ao crime organizado e histórico criminal. Foragidos por morte de ex-delegado podem estar na capital, diz polícia. Ah, a polícia do Tarcísio, coisa de primeiro mundo.
Entenda o caso
Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e então secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande, foi assassinado em uma emboscada.
O crime ocorreu após uma perseguição em alta velocidade, onde seu veículo colidiu com um ônibus na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas. Os criminosos desceram e efetuaram mais de 20 disparos de fuzil contra ele dentro do carro capotado. Após a execução, os carros utilizados pelos criminosos, que eram roubados, foram abandonados e um deles incendiado na tentativa de apagar vestígios.
Ele foi responsável por indiciar toda a cúpula da facção em 2006, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, o que o tornou jurado de morte pelo grupo criminoso.
O ex-delegado já havia expressado preocupação com sua segurança após assaltos e emboscadas anteriores.
Uma força-tarefa com mais de 100 policiais foi mobilizada para investigar o crime. Diz o Tarcísio e o Derrite. Você confia?
- PCC está envolvido, diz Derrite, o gênio criminalística, sobre morte de ex-delegado em SP. Foto: CNN
- Fonte: CNN