O alvo não muda, só sua credibilidade: como era previsível, Ciro usa crise do INSS para disparar contra Lula

6 de maio de 2025 15:50

Ciro, o nosso homem que fugiu pra Paris, continua sendo o mesmo. Mas nem mesmo o caráter brincalhão, resiste mais. Ele só é uma sombra rancorosa do político que já foi, aproveitando qualquer oportunidade pra esculachar o presidente Lula – de quem sempre perdeu as eleições. Não espere conexão com a realidade, só a incontida inveja de quem queria ter sido.

O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, que disputou a Presidência da República pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) nas eleições de 2018 e 2022, demonstrou insatisfação com a troca de comando no Ministério da Previdência. No último dia 2, Carlos Lupi foi substituído por Wolney Queiroz, também integrante do partido, pelo presidente Lula (PT).

“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável”, afirmou Ciro – Ciro falar em vergonha alheia chega a ser cômico – em comentário na publicação oficial do partido sobre a mudança de ministro. Lupi, presidente licenciado do PDT, deixou o ministério na última sexta-feira, após o desgaste provocado pelo escândalo dos descontos irregulares de aposentadorias, envolvendo entidades que mantinham convênios com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O valor estimado soma R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, segundo a Polícia Federal. Mas, se retroagir a data até 2016, esse valor sobe para quase R$ 8 bilhões referentes a descontos sem autorização.

Embora o ex-ministro não seja alvo direto da investigação, a permanência dele ficou inviável. Na crise, o presidente Lula demitiu Alessandro Stefanutto, nomeado por Lupi, da presidência do INSS.

Wolney atuava como braço direito de Lupi na pasta. A escolha dele para o cargo reacende tensões internas no partido. Em 2022, o agora ministro não se envolveu na campanha presidencial de Ciro Gomes e demonstrou maior proximidade com Lula, chegando a integrar a equipe de transição após a vitória do petista.

A posição crítica de Ciro – um político que, em outra encarnação já foi considerado “progressista” – em relação ao governo Lula não é maioria dentro do PDT, que formalizou apoio à coligação liderada pelo PT ainda no segundo turno das eleições de 2022. Ciro, por sua vez, mantém forte vínculo com Lupi, que voltará a comandar o PDT após sua saída do ministério.

Foto: Adriano Machado/Reuters

Fonte: Com informações do UOL e do Estadão

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