
Indústria automotiva volta aos trilhos com Lula
16 de abril de 2025 11:33Ao final do segundo mandato do presidente Lula, em 2010, o Brasil se aproximava de um marco histórico: um mercado automotivo de 3,6 milhões de veículos por ano. Era o auge de um ciclo virtuoso em que o país havia encontrado sua vocação industrial e social — com crescimento econômico, inclusão e produção em larga escala. A indústria automotiva era um dos motores dessa transformação, refletindo um Brasil que fabricava, gerava empregos e se integrava às cadeias globais com protagonismo.
Tudo isso começou a ruir com o golpe de estado de 2016, que interrompeu o ciclo de desenvolvimento acelerado iniciado em 2003. A deposição da presidente Dilma Rousseff abriu caminho para a política econômica recessiva da dupla Temer-Bolsonaro, marcada por ataques aos trabalhadores, cortes de investimentos públicos, desmonte da capacidade produtiva e submissão aos interesses do mercado financeiro. O resultado foi uma brutal desindustrialização e o encolhimento do parque automotivo nacional, simbolizado pela saída da Ford da Bahia — um símbolo da devastação causada por um projeto antinacional.
Mas o Brasil, felizmente, voltou.
No terceiro mandato de Lula, a roda da história gira novamente a favor da produção. A confiança dos investidores renasceu, o mercado interno se aqueceu com a recuperação da renda e dos investimentos – e a indústria automotiva reencontra o caminho do crescimento. Prova disso é o plano Mover, um ambicioso programa do governo federal que mira uma indústria automotiva mais tecnológica, competitiva e ambientalmente limpa.
No dia de ontem, o presidente Lula assinou o decreto que regulamenta o Mover, estabelecendo parâmetros técnicos e ambientais para eficiência energética, reciclabilidade e segurança dos veículos comercializados a partir de junho de 2025. O decreto também estimula programas de rotulagem veicular para informar com transparência o desempenho ambiental e energético dos automóveis disponíveis no mercado.
Com o impulso do Mover e da Nova Indústria Brasil (NIB), o setor automotivo já anunciou R$ 130 bilhões em investimentos para os próximos anos — um pacote robusto que inclui ampliação de fábricas e desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis. Um dos exemplos mais simbólicos dessa retomada é a substituição da Ford pela BYD na Bahia. De um modelo que exportava empregos e inovação, o Brasil passa agora a ser uma plataforma de produção de veículos elétricos.
Outro marco dessa nova fase foi a inauguração da nova linha de produção da montadora japonesa Nissan em Resende (RJ), celebrada por Lula no dia de ontem no evento de lançamento do Novo Nissan Kicks. A montadora japonesa investe R$ 2,8 bilhões em sua operação no país, como anunciado em novembro de 2023 durante reunião com o presidente da República.
A guinada é evidente nos números. Como Lula destacou: “Até 2012, 3,6 milhões de carros eram vendidos. Quando eu voltei para a presidência em 2023, vocês sabem quantos carros eram vendidos nesse país? 1,6 milhão de carros, menos da metade do que vendia entre 2010 e 2012. Quantas concessionárias fecharam nesse país? Porque não tinha carro para vender e quando tinha o povo não tinha dinheiro para comprar”.
Esse renascimento não é obra do acaso. “Os avanços não acontecem de forma gratuita, não é por sorte. O que aconteceu no Brasil é exatamente isso: o dinheiro começou a circular, as pessoas começaram a se informar melhor, começaram a ganhar um pouco mais e o salário mínimo passou a crescer um pouco mais do que a inflação”, afirmou o presidente, destacando as medidas de estímulo à renda, estabilidade macroeconômica e previsibilidade como alicerces desta nova fase de crescimento.
Lula compreende, como poucos, que a indústria automotiva não é apenas um setor econômico. Ela é o centro de uma cadeia complexa e sofisticada, que envolve aço, componentes eletrônicos, engenharia, pesquisa e desenvolvimento. É geração de empregos qualificados, é mobilidade, é soberania.
Com Lula, o Brasil volta a se respeitar. E é por isso que o mundo volta a investir aqui. A era de destruição de Temer e Bolsonaro ficou para trás. O Brasil voltou aos trilhos — e com motores limpos, elétricos e nacionais.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Reprodução/Brasil 247