Crime organizado ofusca eleição de juízes no México. Presidenta Claudia Sheinbaum, pede voto “pela democracia”

Como escreveu, como sempre em brilhante artigo no Brasil 247, a jornalista Márcio Carmo ressaltou que os mexicanos decidirão algo inédito no país: a eleição de juízes e juízas, incluindo os da Suprema Corte de Justiça e do Supremo Tribunal Federal. O voto popular para eleger os membros do Poder Judiciário é resultado de uma reforma da Constituição e é algo inédito.

Sheinbaum, que conta com altos índices de popularidade, tem falado à população da importância da eleição para magistrados da Corte e para os juízes das demais instâncias nos 32 estados do país, que tem cerca de 130 milhões de habitantes. “Precisamos de uma Justiça igualitária. Hoje a Justiça não é igual para todos. Votem no domingo”, disse Sheinbaum. Em suas redes sociais, ela também foi enfática: “Vamos fazer com que os ricos e os pobres, os que moram no Norte e no Sul do país tenham o mesmo acesso à Justiça”.

Crime organizado

A eleição de juízes no México está contaminado pelo crime organizado que, lá como cá – difícil saber quem está pior – tem até uma advogada, da mexicana Ciudad Juárez, próxima da fronteira com os Estados Unidos, que quer ser eleita juíza após ter defendido o famoso chefão do narcotráfico Joaquín “El Chapo” Guzmán. A candidatura de a advogada, Silvia Delgado, da mexicana Ciudad Juárez é uma das mais questionadas às vésperas da eleição no próximo domingo (1), que tornará o México no primeiro país do mundo a escolher todos os seus juízes pelo voto popular.

A ONG Defensorxs – crítica da eleição judicial – publicou em seu site na internet cerca de 20 nomes de candidatos aos quais aponta por ter vínculos com o crime organizado e outros crimes.

Fonte: Fotos: Herika Martinez/AFP, e Ronaldo Schemidit/AFP.
Fonte: CNN, UOL e artigo de Márcia Carmo, no Brasil 247