Chuva ajuda Gaza a não morrer de sede
14 de novembro de 2023 11:45A chuva que começou a cair sobre Gaza nas últimas horas causou alegria nas ruas, em meio aos bombardeios de Israel: é uma fonte que dispensa enfrentar as longas filas existentes para obter água.
A água da chuva não é necessariamente pura, especialmente num lugar onde as bombas provocam uma poeira fina em suspensão e há o risco de contaminação pelos próprios explosivos no ar.
No entanto, com o deslocamento de centenas de milhares de pessoas de suas próprias casas, conseguir água para consumo, cozinhar ou banho em Gaza tornou-se cada vez mais complicado.
Água salobra ou contaminada, retirada de poços, está sendo consumida sem tratamento.
Israel tirou proveito da situação para fazer propaganda: publicou vídeos de seus soldados entregando garrafas de água mineral a refugiados.
DESIDRATAÇÃO
As plantas de dessalinização não estão funcionando por falta de óleo diesel. O sistema de tratamento e distribuição entrou em colapso.
O comissário-geral da UNRWA, agência da ONU para refugiados de guerra, disse hoje:
Tornou-se uma questão de vida ou morte. É obrigatório, é necessário entregar agora combustível a Gaza, para disponibilizar água para 2 milhões de pessoas
Israel impede a entrada de óleo diesel no território, alegando que seria desviado para servir ao Hamas.
Philippe Lazzarini fez um apelo:
O combustível é a única maneira de as pessoas terem água potável. Caso contrário, começarão a morrer de desidratação grave, entre elas crianças pequenas, idosos e mulheres. A água é agora a última tábua de salvação. Apelo para que o cerco à assistência humanitária seja levantado agora
A Organização Mundial da Saúde está especialmente preocupada com as condições sanitárias dos locais superlotados que ajuda a administrar em Gaza, para as centenas de milhares de pessoas que deixaram o Norte e foram para o Sul:
Em nota, registrou:
Desde meados de outubro de 2023, foram notificados mais de 33.551 casos de diarreia. Mais da metade deles ocorre entre crianças menores de cinco anos — um aumento significativo em comparação com média de 2.000 casos mensais ao longo de 2021 e 2022.
https://x.com/HoyPalestina/status/1724421614681370851?s=20
https://x.com/YaserAlyamani/status/1724391934213402743?s=20
Foto: Agência Reuters / Evelyn Hockstein
Reprodução / Revista Fórum