Bolsonaro diz que morrerá na prisão: “Me prendam. Não vou durar muito”.

16 de maio de 2025 17:42

Um dia depois da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL), condenada a dez anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pedir clemência da pena e dizer que “não sobreviveria na cadeia”, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, nesta sexta-feira (16), que pode morrer na cadeia e que não pretende sair do país antes do fim do processo na Suprema Corte por tentativa de golpe de Estado. Em entrevista à rádio AuriVerde Brasil- rádio AuriVerde Brasil – um subproduto patriótico da Jovem Pan News Bauru – o ex-mandatário ironizou a possibilidade de receber pena de até 40 anos de prisão. “Alguns dizem para eu sair. Não vou sair do Brasil. Me prendam. Estão prevendo 40 anos de cadeia. Já estou com 70. Quase morri nessa última cirurgia. Para morrer não vai demorar”, choramingou.

laro que, mais do que vitimização barata, esses movimentos “se for pra cadeia vou morrer” – repare que Bolsonato 70, mas Zambelli tem 44, fora o botox – são um “apito de cachorro” para o Congresso, de maioria direista, inventar alguma anistia, suspensão de ação penal ou canonização – pra poupar o gado, eles apelam até pra direitos humanos. E, claro, um apelo pro que restou de seu gado mais fiel – quem sabe não voltam a acampar na porta dos quartéis, sob o olhar compadecido de José Múcio.

O réu também comentou os R$ 17 milhões arrecadados por meio de doações via Pix para custear sua defesa jurídica. Segundo ele, metade do valor já foi gasto com advogados. “Não estou reclamando. Muito obrigado. O que me emocionou foi um empurrador de carrinho que mandou 100 reais”, declarou, agradecendo aos apoiadores.

Veja o vídeo tocante: https://www.youtube.com/watch?time_continue=3&v=zonFuWiXGRY&embeds_referring_euri=https%3A%2F%2Fwww.diariodocentrodomundo.com.br%2F&source_ve_path=Mjg2NjY

Bolsonaro demonstrou ainda esperança de reverter sua inelegibilidade e disputar as eleições presidenciais de 2026 contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O inelegível afirmou que o sistema político quer mantê-lo longe do poder e que, se conseguir eleger 50% das cadeiras no Congresso Nacional: “Resolvo os problemas do Brasil”, prometeu sem poder cumprir.

Eduardo Bolsonaro quertentar virar “asilado político” nos EUA, enquanto prepara um colchonete para o pai — Reprodução/Youtube

Bolsonaro voltou a alegar perseguição política por parte do Judiciário brasileiro, classificando as acusações de tentativa de golpe como “fantasiosas”. O ex-presidente se referiu ao caso como “Golpe da Disney”, em referência ao fato de estar nos Estados Unidos durante os ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes. Quem já picou a mula há 50 dias e vive seu “exílio” fake, ganhando salário de deputado, é seu filho, Eduardo Bolsonaro, que se escondeu numa mansão no Texas e busca desesperadamente meios para se manter no país e seguir fazendo política. O filho “zero três” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no entanto, não foi indiciado nem denunciado pela Procuradoria-Geral da República na investigação sobre a trama golpista.

Charge de Nando Motta, em Jornalistas pela Democracia

Apesar de afirmar que a “vida está em ordem” nos Estados Unidos, o deputado jpa disse em uma entrevista que dorme em colchão inflável e vive com uma estrutura simples, com a qual “consegue se virar”. Pra quem vive nas redes, ele não postou nenhuma foto da vida monástica. “A gente está conseguindo se virar aqui, graças a Deus tenho o apoio de muita gente boa. Tenho uma reservinha “de dinheiro” no Brasil que estamos queimando agora”, disse. Defina “reservinha”. “Claro, não é a situação ideal, porque fiz uma mala de 7 dias. Eu vim passar o Carnaval junto a um amigo nos Estados Unidos e, de repente, não retornei mais para casa”, completou.

Foto: Reprodução

Fonte: A partir de informações do DCM, Metrópoles, O Globo e outros veículos.

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