Atividades do dia de luta pelo saúde caixa pressionam banco em mesa de negociações

23 de novembro de 2023 12:06

Na manhã de quarta-feira (22), com o objetivo de pressionar a Caixa Econômica Federal para que apresente uma proposta justa ao reequilíbrio do Saúde Caixa na próxima mesa de negociações com a representação dos empregados, que ocorre neste momento em Brasília, dirigentes e entidades sindicais e associativas realizaram mais um Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa. As atividades presenciais ocorreram das 10h às 12h e houve ainda o registro de um tuitaço, das 11h às 12h, com a hashtag #QueremosSaúdeCaixa. 


No Distrito Federal, por exemplo, a atividade foi realizada em frente ao edifício-sede da Matriz I, ocasião em que dirigentes e trabalhadores participaram dos protestos. No resto do Brasil, houve atos nas agências e unidades da Caixa, assim como nas redes sociais. Nas ações digitais, na medida em que o tuitaço era realizado, o banco foi marcado (@Caixa) a cada postagem. Nas atividades de rua país afora, alguns empregados usaram roupas brancas, em referência à saúde, conforme orientação do Comando Nacional dos Bancários e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa). 


Para Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), é fundamental a participação das empregadas e dos empregados na defesa do Saúde Caixa. “O Saúde Caixa é o maior plano de autogestão por RH, mas foi muito atacado e precisamos lutar para garantir a continuidade e a qualidade dos serviços prestados. Não podemos permitir que a Caixa continue precarizando o atendimento do nosso plano e destruindo uma conquista dos trabalhadores”, reiterou. 

Mais informações

O Acordo Coletivo de Trabalho específico sobre o plano de saúde garante o atual modelo até dezembro de 2023. Para o próximo ano, a Caixa projetou a necessidade de um reajuste médio de 85% nas contribuições das empregadas e dos empregados, o que inviabilizaria o plano para muitos empregados, além da previsão de cobranças extraordinárias em 2024 para cobrir o déficit previsto para este ano em R$ 422 milhões.
As trabalhadoras e os trabalhadores reivindicam, por outro lado, o aumento da participação da Caixa no custeio do plano (atualmente limitado pelo estatuto da Caixa, que prevê um teto de 6,5% da folha de pagamento para o custeio).

As entidades representativas lutam para que o Saúde Caixa seja viável para todos os usuários, sejam da ativa ou aposentados, mantendo as  premissas que sustentam até hoje o plano de saúde: o pacto intergeracional, a solidariedade e o mutualismo. Outra reivindicação importante é a melhoria da qualidade de atendimento do plano, e ampliação da rede credenciada.

Em meio às negociações para renovação do Acordo aditivo do Saúde Caixa, a realização de mobilizações em todo o país, cobrando da Caixa valorização e o respeito aos direitos das empregadas e dos empregados, é fundamental para que a direção da empresa apresente uma proposta que atenda às demandas dos empregados.

Foto: Senivpetro / Freepik

Reprodução / Fenae

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