Anderson Torres diz que minuta golpista é “imprestável para qualquer fim”
8 de agosto de 2023 10:36Em sua exposição inicial na CPMI dos Atos Golpistas, o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), que comandava a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Distrito Federal no dia 8 de janeiro, classificou como “imprestável” a minuta golpista encontrada pela Polícia Federal durante operação de busca e apreensão em sua casa no dia 10 de janeiro, quando foi decretada sua prisão.
Segundo Torres, o documento que previa ação de Bolsonaro para desencadear um eventual golpe de Estado é apenas um “texto apócrifo, sem data, uma fantasiosa minuta que vai para a coleção de absuros que constantemente chegam aos detentores de cargos públicos”.
“Vários documentos vinham de diversas fontes para análise do ministro. Em razão da sobrecarga, eu normalmente levava uma pasta de documentos para casa. Os documentos importantes eram despachados e retornavam ao Ministério, sendo os demais descartados. Um desses documentos deixado para descarte foi o texto chamado de ‘minuta do golpe'”, afirmou.
Em seguida, o ex-ministro afirmou que a minuta não foi para o lixo por “mero descuido”.
“Basta uma breve leitura para ver que era imprestável para qualquer fim. Uma verdadeira aberração jurídica. Esse papel não foi para o lixo por mero descuido. Não sei quem entregou esse documento apócrifo e desconheço as circunstância em que foi produzido. sequer cogitei enviar para alguém. Soube pela imprensa que outras pessoas receberam documentos com teor semelhante e que esse circulava inclusive pela internet essa é a verdade e não tenho mais falar sobre o assunto”, afirmou Torres, que ainda negou participação nos bloqueios feitos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições presidenciais.
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Reprodução/Revista Fórum