
Alckmin defende redução da jornada de trabalho 6×1: ‘tendência mundial’
6 de maio de 2025 15:36O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, reiterou seu apoio à redução da jornada de trabalho, considerando-a uma tendência global. “Há uma tendência no mundo inteiro de redução da jornada de trabalho. Isso ocorre porque a tecnologia tem permitido fazer mais com menos gente”, afirmou Alckmin em discurso a parlamentares nesta terça-feira (6), de acordo com a CNN Brasil.
Alckmin destacou os avanços tecnológicos em diversos setores como um dos principais fatores que impulsionam essa transformação. “A agricultura se mecaniza, a indústria se automatiza, e até a medicina, com áreas como radiologia, está sendo revolucionada pela robotização. Os robôs farão diagnósticos, prescreverão tratamentos e, com a capacidade de armazenamento de dados superior à do cérebro humano, serão fundamentais nesse novo mundo”, explicou o vice-presidente, durante um almoço promovido pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).
A proposta de redução da jornada de trabalho, que tramita na Câmara dos Deputados há cerca de dois meses por meio de um Projeto de Emenda à Constituição (PEC), sugere o fim da escala de trabalho 6×1. O texto, que encontra resistência em algumas alas do Congresso, tornou-se uma das prioridades do governo para este ano.
Alckmin: energia e alimentos fora do cálculo da Selic
Na véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que deve aumentar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, Alckmin voltou a defender que a autoridade monetária exclua o cálculo da inflação de alimentos e energia da metodologia utilizada para revisar a Selic. As informações são da CNN.
“Alimento é clima. Se tiver, como tivemos o ano passado, uma seca brutal e um calor enorme, é óbvio que vai cair a safra com a seca. E não adianta eu aumentar os juros que não vai fazer chover. Por isso eles [Federal Reserve] excluem. Da mesma forma, energia, combustível. Não adianta eu aumentar os juros que não vai baixar o preço do petróleo. Isso é guerra, é geopolítica. Então, acho que ele [o BC] deveria aprimorar. Não é discussão para este momento. Acho que não é discussão para esse momento. Mas no futuro, nós precisamos aprimorar”, afirmou.
Foto: Adriano Machado/Reuters
Fonte: Com informações do Brasil 247 e CNN Brasil