GDF investe mais de R$ 524 milhões na construção e reforma de hospitais e unidades de saúde, incluindo dois novos hospitais

1 de outubro de 2025 00:50

O fortalecimento da rede pública de saúde é uma das obsessões do Governo do Distrito Federal (GDF). |O que inclui a ampliação dos espaços de atendimento de urgência, emergência e atenção primária e secundária. Estão em andamento a construção de dois novos hospitais, a reforma de áreas em cinco já existentes, além da implantação de cinco unidades básicas de saúde (UBSs), sete unidades de pronto atendimento (UPAs) e dois centros de atenção psicossocial (Caps). O investimento total é de cerca de R$ 524 milhões.

O maior volume dos recursos está voltado aos novos hospitais. São R$ 307,7 milhões destinados para que sejam erguidos o Hospital Regional do Recanto das Emas (HRE) e o Hospital Clínico Ortopédico (HCO), no Guará. Ambos estão com os canteiros de obras iniciados e os serviços de terraplanagem finalizados. Paralelamente, o GDF aguarda a finalização da licitação do Hospital Regional de São Sebastião, que tem previsão de investimento de R$ 180 milhões.

O HRE terá 100 leitos distribuídos entre clínica médica, clínica pediátrica e UTI pediátrica. A estrutura inclui ainda seis consultórios — sendo dois no ambulatório geral e quatro na emergência pediátrica —, um centro cirúrgico com duas salas de cirurgia e uma área de diagnóstico por imagem com duas salas de raio-X, uma sala de tomografia e quatro salas de ultrassonografia. A unidade vai beneficiar diretamente os moradores do Recanto das Emas — que tem uma população estimada em mais de 105 mil pessoas, sendo 80% SUS dependente —, bem como aliviar a demanda dos hospitais vizinhos nas regiões de Taguatinga, Ceilândia e Gama.

Voltado a atender a pacientes referenciados para a área de ortopedia, o Hospital Ortopédico do Guará terá 160 leitos, sendo 90 de ortopedia, 50 de clínica médica e 20 de UTI adulta. A unidade também vai dispor de atendimento ambulatorial, internação ortopédica, centro cirúrgico, apoios de diagnóstico e terapia e de nutrição e dietética, farmácia hospitalar e centrais de Material Esterilizado (CME) e de Ensino e Pesquisa.

Também estão em andamento a reforma do pronto-socorro do Hospital Regional de Brazlândia (HRBz), da subestação Hospital de Apoio, da Unidade Fissurados do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e da cozinha do Hospital de Santa Maria (HRSM). No Hospital de Base (HBDF), o investimento é para a construção de um novo centro cirúrgico com 16 salas operatórias, uma sala de recuperação pós-anestésica (RPA) com 18 leitos e áreas de apoio para equipes de saúde e logística hospitalar. Juntas, as obras totalizam R$ 32.900.343,96.

“As obras em andamento na rede pública de saúde do Distrito Federal são estratégicas para ampliar o acesso e melhorar a qualidade do atendimento à população. Com a construção de novas unidades e a reforma de hospitais e UPAs, vamos conseguir desafogar os serviços de emergência e reduzir o tempo de espera por consultas e procedimentos, beneficiando diretamente milhares de pessoas em todo o DF. Nosso compromisso é entregar uma saúde mais eficiente, humanizada e próxima de quem mais precisa”, explica o secretário de Saúde do DF, Juracy Lacerda.

Descentralização do atendimento

Outro eixo de expansão na saúde são as unidades de pronto atendimento (UPAs). Atualmente, o DF conta com 13 em funcionamento. A partir do investimento de R$ 118,7 milhões foram contratadas em junho de 2025 sete novas unidades que estão em fase inicial das obras. Elas serão implantadas no Guará, Estrutural, Águas Claras, Água Quente, Sol Nascente, Arapoanga e Taguatinga.

Cada uma será de porte 3 e terá 65 leitos, sendo 33 destinados ao público adulto e 32 para atendimento pediátrico, além de consultórios médicos, salas de estabilização, isolamento, curativos, laboratório, brinquedoteca, farmácia, serviço de imagem, refeitório e áreas de apoio aos profissionais. Esse é o maior modelo dentro da classificação do Ministério da Saúde.

“A população passará a contar com atendimento de urgência mais próximo de casa, sem precisar se deslocar para outras regiões, o que também contribui para reduzir a sobrecarga nas unidades já existentes”, destaca o presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), Cleber Monteiro. Paralelamente às obras estão sendo lançados processos seletivos para a formação das equipes que atuarão nas novas unidades. “Nosso planejamento garante que, no momento da entrega das UPAs, todas já estejam com suas equipes completas e treinadas, assegurando o início imediato dos atendimentos”, completa.

Além disso, cinco unidades modulares de unidades básicas de saúde (UBSs) estão em andamento para ampliar o suporte aos pacientes na atenção primária. Hoje, o DF tem 182 UBSs que atuam como porta de entrada da população no Sistema Único de Saúde (SUS), contando com a unidade modelo do formato modular, localizada em Santa Maria, que já está em funcionamento. As demais — duas em Brazlândia (Chapadinha e Incra 8), uma no Gama (Ponte Alta) e outra na Estrutural — estão em execução. O investimento total é de R$ 43.987.519,37.

Na área da saúde mental, dois novos equipamentos estão em execução: o Caps III do Gama, com aporte de R$ 3,6 milhões, e o Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (Capsi) do Recanto das Emas, no valor de R$ 3,6 milhões.

As obras contam com recursos da Secretaria de Saúde (SES-DF), sob execução da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), e do IgesDF.

  • Hospitais contam com a maior parte dos recursos e receberão melhorias, além da construção do Hospital Regional do Recanto das Emas e do Hospital Clínico Ortopédico, no Guará. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
  • Fonte: A partir de informações da Agência Brasília

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