
Escola Superior de Ciências da Saúde dá show de aprendizagem e eleva notas de cursos públicos de saúde do DF
10 de maio de 2025 13:30Excelência na educação pública após obterem a nota máxima no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), a Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) mostra a saúde pública que dá certo. Com práticas dentro do Sistema Único de Saúde desde o início da formação dos estudantes, a Escola é mantida pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs) e integrada à Universidade do Distrito Federal (UnDF).
Aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), o Enade é a principal ferramenta para medir a qualidade dos cursos de graduação no Brasil, sendo direcionado aos alunos que estão concluindo a faculdade. O objetivo é avaliar tanto os conhecimentos específicos da área de formação quanto competências gerais, como ética, cidadania e pensamento crítico.
Aprendizado na prática
Localizado em Samambaia, o campus do curso de enfermagem conta com 267 alunos e sempre manteve a nota máxima no Enade, desde sua primeira avaliação e formação de turmas em 2013 até as outras edições das quais participou em 2016, 2019 e 2023. A coordenadora do curso, Teresa Christine Pereira Morais, atribui o bom desempenho da unidade a pilares como a metodologia ativa aplicada no curso e o investimento em um corpo docente altamente qualificado. “Na metodologia ativa há o protagonismo do estudante, para que ele possa desenvolver seu estudo individual e discutir com os outros colegas. Além disso, desde o primeiro ano os alunos vão para estágios, então aprendem fazendo. Isso a gente chama de integração em ensino”, explica.
Para atuar em sala de aula, os professores da Escs passam por um curso preparatório que visa a adesão da metodologia ativa. “Muitos vêm de experiências em instituições privadas e têm um certo estranhamento quando chegam aqui, mas percebem que isso é benéfico para o estudante e para o curso”, acrescenta a coordenadora. Ela recorda, ainda, que com a criação da Escs – em 2001, com curso de medicina na Asa Norte e seis anos depois com o curso de enfermagem em Samambaia -, foi ofertada uma democratização da profissionalização em saúde.
Referência em ensino
No caso da medicina, a faculdade alcançou a nota máxima juntàmente com a Universidade de Brasília (UnB). Em 2007 teve a nota 5 no Enade; em 2011, nota 4 e também o melhor rendimento entre todos os cursos de medicina do DF. Em 2019, ficou em primeiro lugar entre as faculdades do DF e em 2024 conseguiu a nota 5 do Enade – além de ficar em primeiro lugar no DF, em segundo no Centro-Oeste e, no ranking de mais de 300 cursos, a 17ª no nacional. Os indicadores estão todos disponíveis no site do Inep/MEC.
Manutenção dos alunos
Vinculada à Universidade do Distrito Federal (UnDF), a Escs oferece diversas bolsas para apoiar seus estudantes dos cursos de medicina e enfermagem. Os benefícios visam a promover a permanência estudantil, incentivar a pesquisa e auxiliar na formação acadêmica.
Entre as principais modalidades disponíveis, estão a Bolsa Permanência, destinada a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, especialmente aqueles que ingressaram por meio do sistema de cotas, para garantir que os alunos possam continuar seus estudos sem interrupções; a Bolsa de Iniciação Científica (PIC), voltada para estudantes interessados em desenvolver atividades de pesquisa científica, proporcionando uma introdução ao método científico e à prática investigativa; e a Bolsa Monitoria, destinada a estudantes que desejam atuar como monitores em disciplinas específicas, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem e reforçando seus conhecimentos.
Diretora da Escs, a médica Viviane Peterle é docente há mais de 15 anos na instituição da Asa Norte. Ela afirma que a integração com a UNDF potencializou a veia de pesquisa em serviços de saúde e ressalta que as políticas de manutenção do estudante implementadas pelo GDF são fundamentais: “Cumpre o papel social do Estado de oferecer o acesso à educação. É para que todos possam concorrer, acompanhar o processo e garantir que não haja evasão escolar. Quando a aprendizagem é centrada no estudante, ela estimula a autonomia e aproxima o aluno das tomadas de decisão na vida real, além de trazer humanização à saúde”.
Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Fonte: A partir de informações da Agência Brasília