
Malafaia ameaça ao ser investigado pelo STF: “o Trump saberá disso”
19 de agosto de 2025 13:00O pastor Silas Malafaia, capo da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), denominação evangélica pentecostal com sede no bairro da Penha, no Rio de Janeiro, e, desde o governo passado, conselheiro de Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (19) que lideranças religiosas ligadas ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já foram informadas sobre a inclusão de seu nome no inquérito da Polícia Federal (PF) que apura a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA. O caso investiga suposta tentativa de interferência no julgamento das ações sobre a trama golpista de 8 de Janeiro no Brasil.
Segundo Malafaia, a informação deve chegar ao próprio Trump e poderá ter repercussões negativas para o Brasil e para o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Com certeza isso vai chegar ao ouvido do presidente [Trump], o que estão fazendo comigo. Pastores que estão no entorno do Trump — muitos deles vêm ao Brasil, sabem das coisas — ao chegarem no ouvido do presidente, vão dizer: ‘Olha, acabaram de incluir um dos maiores líderes evangélicos do Brasil nesse inquérito’”, disse em entrevista ao programa Acorda Metrópoles.
Respeito a líderes religiosos nos EUA
O pastor ainda ressaltou que, na visão americana, a figura de um líder religioso é intocável quando se trata de opiniões políticas. “Para o americano, um pastor é muito respeitado e não pode ser tocado quando se trata de questões políticas. Quando se trata da opinião de um religioso, isso é muito sério e grave”, afirmou.
Inquérito no STF
A inclusão do nome de Malafaia no inquérito ocorreu por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a partir de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A investigação busca apurar a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos em articulações relacionadas aos ataques de 8 de Janeiro.
- O pastor Silas Malafaia, quando foi levado a depor na sede da Polícia Federal da Lapa onde foi alvo de investigação na Operação Timóteo, deflagrada em 16 de dezembro. Foto: Estadão
- Fonte: Revista Forum