Morre aos 100 anos Clara Charf, fundadora do PT e viúva de Marighella

3 de novembro de 2025 15:02

A ativista e militante histórica da esquerda brasileira Clara Charf, companheira do guerrilheiro Carlos Marighella, morreu nesta segunda-feira (3), aos 100 anos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou nas redes sociais a perda para o país. “Com seu falecimento, o Brasil perde uma mulher extraordinária. E eu perco uma companheira de muitas caminhadas”, escreveu o petista em seu perfil oficial no X. Na publicação, Lula relembrou a trajetória de Charf na militância. “Clara viveu o exílio, enfrentou a ditadura e defendeu incessantemente a democracia”, declarou o chefe do Executivo.

Postagem de Lula nas redes sociais lamenta morte da “companheira de muitas caminhadas”. Reprodução/X

Figura marcante da resistência à ditadura militar e defensora incansável dos direitos sociais, Clara construiu uma trajetória de vida dedicada à liberdade e à justiça. Nascida em 17 de julho de 1925, ela ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB) aos 21 anos, período em que iniciou sua militância política.

Durante o regime militar, após o assassinato de Marighella em 1969, Clara foi forçada a deixar o país e viveu exilada em Cuba, onde manteve sua atuação política e o compromisso com as causas populares.

Seu retorno ao Brasil ocorreu em 1979, momento de efervescência política e reconstrução democrática. Ao regressar, ela se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) e teve papel ativo na organização da nova sigla, ajudando a estruturar uma das principais forças políticas do país.

  • O país perdeu a figura emblemática da ativista e militante histórica da esquerda brasileira Clara Charf, companheira do guerrilheiro Carlos Marighella. Divulgação/Memórias da Ditadura
  • Fonte: Brasil 247/CNN Brasil

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