Lula convida Alcolumbre e ministros do União Brasil para almoço no Alvorada

3 de setembro de 2025 14:44

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e os ministros do governo que cujas indicações foram feitas pelo União Brasil para um almoço no Palácio da Alvorada nesta quarta-feira (3).

Além de Alcolumbre, foram chamados por Lula os ministros Celso Sabino (Turismo), Waldez Góes (Integração) e Frederico Siqueira (Comunicações).

Lula também convidou a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que é filiada ao PT e responde pela articulação política do governo.

O encontro ocorre no dia seguinte ao anúncio de desembarque do governo pela federação formada por União Brasil e PP. Segundo os dirigentes dos partidos, os filiados terão de deixar os cargo

A medida afeta diretamente o ministro do Turismo, Celso Sabino, que é deputado federal. Já Góes e Siqueira não são filiados ao União Brasil, porém ocupam vagas indicadas por Alcolumbre.

No PP, a decisão pode resultar na saída do ministro André Fufuca (Esportes), que também é deputado.

Segundo fontes do governo, Lula não marcou o almoço por causa do anúncio de desembarque. O presidente tem feito encontros com dirigentes e integrantes de partidos que têm ministérios do governo, a exemplo de MDB, PSD e Republicanos.

O presidente do União Brasil, Antonio Rueda, não deve participar do almoço desta quarta. No partido, avalia-se que a relação com o governo ficou insustentável após Lula afirmar que não gosta de Rueda e que o dirigente não gosta dele.

Na última reunião ministerial, Lula cobrou ministros do União Brasil e do PP a defenderem o governo caso queiram permanecer nos cargos.

Alcolumbre promete apresentar proposta “alternativa” de anistia aos golpistas do 8/1 no Senado

Davi Alcolumbre anunciou que apresentará um projeto alternativo de anistia para os condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em decorrência dos atos de 8 de janeiro de 2023. A declaração foi feita em entrevista nesta quarta-feira (3), quando Alcolumbre reafirmou sua intenção de seguir com a elaboração do texto. “Eu vou votar o texto alternativo, é isso que eu quero votar no Senado. Eu vou fazer esse texto, eu vou apresentar”, afirmou o senador, de acordo com a coluna Radar, da revista Veja.

Alcolumbre explicou que a proposta visa distinguir os responsáveis pela organização dos ataques e os que foram manipulados ou se envolveram sem intenção de apoiar os crimes contra a democracia. O senador enfatizou que a ideia é distinguir líderes e financiadores dos crimes dos apoiadores que, em sua maioria, foram usados como massa de manobra por políticos ligados a Jair Bolsonaro (PL). O projeto também surge em resposta à pressão de grupos bolsonaristas na Câmara, que buscam um texto que beneficie não só o ex-mandatário mas também outros réus envolvidos na tentativa de golpe.

Ao se referir aos eventos de 8 de janeiro, o presidente do Senado indicou que a proposta alternativa pode abrir caminho para a anistia de figuras ligadas ao bolsonarismo que se envolveram nos atos de forma mais passiva. “A diferenciação é importante para que a gente possa separar os que realmente tiveram a intenção de depor o governo e os que estavam apenas protestando”, afirmou Alcolumbre.

  • Presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
  • Fonte: G1

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