Braga Netto diz que nunca pressionou ou ordenou ataques a nenhum dos chefes militares em operações golpistas

11 de junho de 2025 11:57

Ao ser interrogado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (10), o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro Braga Netto negou que teria intimidado chefes das Forças Armadas na tentativa de pressioná-los a aderir ao plano golpista.  Braga Netto está preso no Rio de Janeiro, portanto, foi interrogado por videoconferência acompanhado de dois advogados. Ele foi o último a ser ouvido na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Jamais ordenei ou coordenei ataques a nenhum dos chefes militares. Pelo contato que eu tinha com eles, se eu tivesse que falar alguma coisa, eu falaria pessoalmente com eles”, alegou. 

Mais cedo, o relator do processo da trama golpista, Alexandre de Moraes, questionou o general sobre as denúncias de que ele teria ordenado ações para pressionar os ex-comandantes Freire Gomes (Exército) e Baptista Júnior (Força Aérea) a aderirem ao plano golpista.

Questionado sobre as operações “Punhal Verde Amarelo” e “Copa 2022”, Braga Netto disse: “ministro, eu nunca tinha ouvido falar dessas duas operações”.

Braga Netto está preso desde dezembro do ano passado por tentativa de obstruir as investigações. Ele participa do interrogatório por videoconferência.

Dinheiro em caixa de vinho

Assim como os demais réus interrogados, o militar afirmou que “não é verdadeira a acusação” que pesa contra ele.

Questionado por Moraes sobre a entrega de valores em uma caixa de vinho aos militares ‘”kids pretos”, Braga Netto disse que achou que o dinheiro se tratava de recurso para gastos de campanha remanescentes.

Na delação, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, afirmou que teria recebido ordens do general para enviar dinheiro aos militares responsáveis por um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.

Plano para assassinar Lula

Questionado sobre as operações Punhal Verde Amarelo, e Copa 2022, ele disse: “ministro, eu nunca tinha ouvido falar dessas duas operações”.

O plano “Punhal Verde e Amarelo” previa o assassinato de autoridades – o presidente Lula; o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. A ação ocorreria como um desdobramento do golpe de Estado em 2022, caso ele fosse consumado.

Foto: Walter Braga Netto presta depoimento ao STF por videconferência. Foto: Reprodução

Fonte: Brasil 247/G1

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