Trump está cada vez mais inclinado a atacar o Irã

18 de junho de 2025 10:01

 O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está cada vez mais propenso a autorizar uma ação militar contra o Irã, acatando ao pedido de seu aliado estratégico, Benjamin Netanyahu.

Segundo informações divulgadas pela CNN nesta segunda-feira (17), o chefe da Casa Branca pretende abandonar uma saída diplomática para a crise e cogita ordenar ataques às instalações nucleares iranianas.

De acordo com duas autoridades com conhecimento direto das discussões, a tendência mais agressiva de Trump marca uma guinada significativa em relação à postura anterior do presidente, que por meses apostou em negociações para conter o programa atômico iraniano. Apesar da mudança, o republicano ainda considera a possibilidade de uma resolução pacífica — desde que Teerã aceite fazer “concessões significativas”.

“Não estou muito a fim de negociar com o Irã”, afirmou Trump, em sinal de exaustão com os esforços diplomáticos. Ainda assim, fontes afirmam que reuniões no final de semana e na segunda-feira (16) mantiveram o foco em tentativas de alcançar uma saída política para o impasse.

O presidente norte-americano disse aguardar os próximos desdobramentos da ofensiva israelense. “Vocês vão descobrir. Ninguém diminuiu o ritmo até agora”, declarou, ao ser questionado sobre a possibilidade de Israel reduzir o ritmo dos ataques.

Já o líder iraniano, Aiatolá Khamenei afirmou que “a batalha começa agora”. “Devemos dar uma resposta forte ao regime terrorista sionista. Não mostraremos misericórdia aos sionistas”, Khamenei.

Rússia alerta EUA para não ajudar Israel militarmente contra o Irã

Vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov: assistência militar direta dos Estados Unidos a Israel pode desestabilizar radicalmente a situação no Oriente Médio. Foto: /Maxim Shemetov/Reuters

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, alertou na quarta-feira que a assistência militar direta dos Estados Unidos a Israel poderia desestabilizar radicalmente a situação no Oriente Médio, onde uma guerra aérea entre Irã e Israel dura seis dias.

Em comentários separados, o chefe do serviço de inteligência estrangeira SVR da Rússia, Sergei Naryshkin, teria dito que a situação entre Irã e Israel é crítica agora.

Ryabkov advertiu os EUA contra a assistência militar direta a Israel ou mesmo contra a consideração de tais “opções especulativas”, de acordo com a agência de notícias russa Interfax.

“Essa seria uma medida que desestabilizaria radicalmente toda a situação”, disse ele, segundo a agência.

Anteriormente, uma fonte familiarizada com as discussões internas dos EUA afirmou que o presidente Donald Trump e sua equipe estavam considerando uma série de opções, incluindo juntar-se a Israel em ataques contra instalações nucleares iranianas.

Na terça-feira, Trump refletiu abertamente nas mídias sociais sobre a possibilidade de matar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, mas disse: “Não vamos eliminá-lo (matar!), pelo menos não por enquanto”.

Israel lançou ataques aéreos na última sexta-feira contra instalações nucleares, cientistas e líderes militares do Irã em um ataque surpresa que a Rússia condenou como não provocado e ilegal. O Irã respondeu com ataques de mísseis e drones contra cidades israelenses.

O presidente russo, Vladimir Putin, que em janeiro assinou um tratado de parceria estratégica com o Irã, pediu o fim das hostilidades entre os dois lados.

Imagem mostra Donald Trump e Benjamin Netanyahu. Foto: Kevin Lamarque / Reuters.

Fonte: Brasil 247/CNN/Agência de notícias russa Interfax

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