
Terceira Guerra Mundial? EUA se juntam a Israel e atacam 3 instalações nucleares do Irã
22 de junho de 2025 22:09O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou neste sábado (21) que o país atacou três instalações nucleares iranianas. O Irã confirmou os ataque. Havia dúvidas se Trump compraria o conflito de Israel, o que deixa o mundo apreensivo sobre uma Terceira Guerra Mundial.
A entrada dos EUA na guerra acontece após uma semana de combates aéreos entre Israel e Irã.
Nos últimos dias, Israel já tinha anunciado uma operação para destruir alvos nucleares iranianos. O Irã retaliou com mísseis contra cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.
Veja abaixo o que se sabe até agora:
- Trump confirmou os três ataques às 20h50 (horário de Brasília): “Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan”, afirmou em sua rede social
- Ele parabenizou os militares americanos: “Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora de paz“
- “Fordow, se foi”: Trump declarou às 21h13 que a principal instalação nuclear do Irã tinha sido destruída após o bombardeio
- Autoridades iranianas confirmaram que Fordow foi alvo de “bombardeiros aéreos inimigos” e que Esfahan e Natanz também foram atacadas
- A TV estatal disse que, a partir de agora, qualquer cidadão americano ou militar na região é um alvo.
Veja vídeo de Guga Chacra, na Globonews. Bombardeio pontual?

Trump disse ainda que fará um pronunciamento sobre a operação ainda neste sábado. A expectativa é que ele diga que não há novos ataques planejados ao Irã, segundo a TV NBC.
Segundo a Reuters, os EUA usaram aviões de guerra B-2 Spirit, capazes de transportar bombas de grande porte, como as que são necessárias para atacar Fordow.
O ataque em Fordow usou seis bombas para destruir bunkers, enquanto os ataques nas outras instalações usaram 30 mísseis Tomahawk, disse Trump à rede americana Fox News.
Quando divulgou os ataques, Trump disse que as aeronaves já tinham deixado o espaço aéreo iraniano e estavam retornando em segurança.
“Esse é um momento histórico para os Estados Unidos, Israel e o mundo. O Irã agora deve concordar em acabar com esta guerra”.
A emissora estatal israelense Kan disse que o país estava “em total coordenação” com Washington sobre os ataques americanos ao Irã.
Impacto da entrada dos EUA na guerra
Trump já tinha indicado que os EUA, que apoiam Israel, poderiam se envolver diretamente no conflito. Em fevereiro, ele retomou a política de “pressão máxima” contra o Irã, tentando forçar o país a negociar um novo acordo que impedisse o desenvolvimento de armas nucleares.
Na terça-feira (17), Trump usou a palavra “nós”, em provável referência à aliança dos EUA com Israel, para afirmar que “já tinha o controle do céu do Irã”.
Ele também disse que sabia onde o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, estaria escondido e escreveu que não o mataria “por enquanto”, mas que a paciência estava chegando ao fim.
Na quinta-feira (19), Trump afirmou que levaria até duas semanas para tomar uma decisão sobre a entrada dos EUA no conflito entre Israel e Irã.

Especialistas ouvidos em reportagem publicada pelo g1 na última quarta-feira (18) apontaram que a entrada dos EUA no conflito pode expor ainda mais as fragilidades internas do Irã.
“O que a gente observa que os Estados Unidos são os únicos atores competentes que teriam o poder num contexto mundial para neutralizar o programa nuclear iraniano, já que possuem artilharia para tanto, diferentemente de Israel”, disse Priscila Caneparo, doutora em Direito Internacional.
Veja vídeo da Globonews.
EUA entram na guerra: secretário-geral da ONU fala em ‘consequências catastróficas’ para o mundo
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou neste sábado (21) que os bombardeios realizados pelos Estados Unidos contra o Irã representam uma “escalada perigosa em uma região que já está no limite — e uma ameaça direta à paz e à segurança internacional”.
O alerta veio após o presidente norte-americano, Donald Trump, confirmar que autorizou ataques a três instalações nucleares iranianas, nas cidades.
“Há um risco crescente de que este conflito saia rapidamente do controle — com consequências catastróficas para os civis, a região e o mundo”, declarou Guterres, em nota publicada pela ONU e repercutida pela agência Reuters.
“Apelo aos Estados-Membros para que reduzam a tensão e cumpram suas obrigações sob a Carta da ONU e outras normas do direito internacional. Neste momento perigoso, é fundamental evitar uma espiral de caos. Não há solução militar. O único caminho a seguir é a diplomacia. A única esperança é a paz.”
A decisão de Trump de unir-se militarmente a Israel em sua campanha contra o Irã marca uma escalada significativa na crise. Os dois países estão envolvidos em confrontos aéreos há mais de uma semana, com relatos de mortes e feridos dos dois lados.”Há um risco crescente de que este conflito saia rapidamente do controle — com consequências catastróficas para os civis, a região e o mundo”, declarou Guterres, em nota publicada pela ONU e repercutida pela agência Reuters.
“Apelo aos Estados-Membros para que reduzam a tensão e cumpram suas obrigações sob a Carta da ONU e outras normas do direito internacional. Neste momento perigoso, é fundamental evitar uma espiral de caos. Não há solução militar. O único caminho a seguir é a diplomacia. A única esperança é a paz.”
A decisão de Trump de unir-se militarmente a Israel em sua campanha contra o Irã marca uma escalada significativa na crise. Os dois países estão envolvidos em confrontos aéreos há mais de uma semana, com relatos de mortes e feridos dos dois lados.
Reações latinas
“A história registrará que o presidente Trump agiu para negar ao regime mais perigoso do mundo as armas mais perigosas do mundo”, declarou Netanyahu em um discurso neste sábado.
Na América Latina, o presidente colombiano Gustavo Petro se mostrou preocupado com a ofensiva dos EUA. Durante um evento, Petro alertou que o bombardeio coloca em risco a paz global.“Este ato incendeia o Oriente Médio […] e não afeta apenas o Oriente Médio, mas todos nós aqui na Colômbia. Também temos que pedir e exigir como seres humanos, cara a cara e sem abaixar a cabeça, exigimos a paz mundial”, afirmou o líder colombiano.
O governo da Venezuela também se posicionou contra a ação. Em mensagem publicada no Telegram, o chanceler Yván Gil afirmou que “a Venezuela condena a agressão militar dos EUA contra o Irã e exige a cessação imediata das hostilidades”, segundo a Reuters. Segundo ele, “a Venezuela condena firme e categoricamente o bombardeio realizado pelas forças armadas dos Estados Unidos, a pedido do Estado de Israel, contra instalações nucleares na República Islâmica do Irã, incluindo os complexos de Fordow, Natanz e Isfahan”.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, classificou os ataques como uma “perigosa escalada do conflito no Oriente Médio”. Em publicação na rede social X, ele disse: “Condenamos energicamente o bombardeio dos EUA contra instalações nucleares do Irã. A agressão constitui uma grave violação da Carta da ONU e do direito internacional e mergulha a humanidade em uma crise de consequências irreversíveis”.
Já o Ministério das Relações Exteriores do México reforçou o apelo pela via diplomática. “A chancelaria faz um chamado urgente ao diálogo diplomático pela paz entre as partes envolvidas no conflito no Oriente Médio”, escreveu o órgão no X. “Em consonância com os princípios constitucionais da política externa mexicana e com a vocação pacifista do país, reiteramos nosso apelo pela redução das tensões na região. A restauração da convivência pacífica entre os Estados da região é a maior prioridade.”
Imagem do presidente norte-americano Trump em coletiva após os ataques ao Irã: “Haverá paz ou uma tragédia maior”, diz.
Fonte: CNN/Globonews