
Especialista alerta Israel: Irã ainda não usou suas armas mais modernas. Teerã estaria guardando mísseis de última geração e pode desencadear ofensiva mais devastadora se escalada continuar
16 de junho de 2025 00:14Em entrevista concedida à agência russa Sputnik, o especialista militar Alexei Borzenko afirmou que o Irã ainda não utilizou suas armas mais avançadas nos recentes ataques contra Israel. A declaração ocorre após o bombardeio iraniano à cidade israelense de Haifa, no qual dezenas de foguetes romperam o sistema de defesa antiaérea Domo de Ferro. Segundo Borzenko, os ataques revelam não apenas a capacidade ofensiva de Teerã, mas também o limite dos sistemas de proteção israelenses frente a ofensivas em larga escala. Últimas de domingo: o Irã lançou de noite uma nova onda de ataques com mísseis contra Israel, intensificando ainda mais a tensão na região. Há registros de incêndios em Haifa e na capital Tel Aviv.
“No momento do ataque, Haifa foi atingida por 40 foguetes. Mas o Domo de Ferro não conseguiu dar conta, e muitos mísseis passaram”, relatou o analista. Para ele, o volume de disparos é um fator determinante para o sucesso ou fracasso dos sistemas de defesa: “Você tem que entender que os números importam muito quando se trata de defesa aérea. Cinco mísseis — abatidos. Dez — abatidos. Quarenta — alguns passam. Mas se forem 100, 200 ou 1.000 mísseis, o Domo de Ferro não dará conta.”
Tecnologia antiga com impacto renovado
De acordo com Borzenko, a maior parte dos projéteis lançados pelo Irã durante a ofensiva mais recente tem entre 20 e 30 anos de fabricação. Ainda assim, causaram surpresa e destruição consideráveis. “Até agora, os israelenses não enfrentaram mísseis tão pesados”, afirmou. O especialista observou que as ogivas utilizadas foram aprimoradas, com explosivos mais potentes e fragmentos mais letais. Registros em fotos e vídeos revelam fachadas de prédios danificadas, vidraças estilhaçadas e destruição em áreas urbanas.
O míssil Haj Qassem: o que ainda está por vir

Borzenko alertou que o Irã ainda não lançou mão de suas armas mais modernas, como o míssil balístico Haj Qassem, apresentado em 2020. Trata-se de um armamento com alcance de 1.400 quilômetros, capaz de carregar uma ogiva de 500 quilos, desenhado para escapar de radares e com capacidade de reentrar na atmosfera a Mach 12, atingindo o alvo a Mach 5.“Acredito que Teerã ainda guarda armas mais poderosas do que as usadas em Haifa. As mais novas ainda não foram lançadas. A verdadeira escalada ainda está por vir”, advertiu o analista à Sputnik.
‘Não basta falar, temos que agir’, diz Celso Amorim sobre genocídio em Gaza
‘Não basta falar, temos que agir’, diz Celso Amorim sobre genocídio em Gaza. O assessor especial para assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, defendeu, em entrevista à TV 247, que a administração federal tome medidas concretas contra Israel para deter o genocídio palestino.

“Não posso falar em nome do governo, mas tem sido objeto de preocupação. O presidente e eu já dissemos que está ocorrendo um genocídio. Não basta falar, tem que ter uma ação, mas que não seja contraproducente. Um rompimento de relações afetaria brasileiros em Israel e na Palestina”, disse Amorim, acrescentando: “Também não temos referência a longo prazo de não termos relações com Israel”.
No último mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva endureceu o tom de suas críticas contra o governo de Benjamin Netanyahu. O presidente afirmou reiteradamente que a campanha militar na Faixa de Gaza “não é uma guerra, é um genocídio” e acusou Israel de “vitimismo”, ao classificar críticas a suas falas como “antissemitas”.
O número de mortos palestinos nos ataques israelenses em andamento na Faixa de Gaza ultrapassou 55.000, disseram autoridades de saúde em Gaza em um comunicado na quarta-feira, 11.
Imagem gerada por IA.
Fonte: Brasil 247/Sputinik/Tasnim News/Exército israelense