Conflito entre Israel e Irã entra no 8º dia com mais ataques e encontro de chanceler iraniano com europeus

20 de junho de 2025 11:57

O conflito direto entre Israel e Irã começou na última sexta-feira (13) e já deixou mais de 240 mortos, segundo balanços oficiais — instituições independentes indicam que o número pode ser maior.

Militares israelenses dizem que a operação visa destruir instalações nucleares iranianas. Teerã retaliou lançando mísseis contra cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.

Imagens mostram o que seriam, segundo a versão do governo israelense, estragos e resgate após ataque do Irã contra Israel. Foto: Shir Torem/Reuters.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que ataques dos EUA terão “consequências irreparáveis”. O Irã já chama bombardeios de “crimes de guerra”; líderes foram mortos.

A expectativa agora é que Donald Trump, dos EUA, entre no conflito. Segundo a Casa Branca, a decisão deve ser tomada em duas semanas.

Israel pressiona os EUA para que se envolvam no conflito. Só os EUA – dizem eles – teriam a “arma não nuclear mais poderosa que existe”, a “destruidora de bunkers”, a GBU-57, projetada para destruir alvos debaixo do solo, onde supostamente o Irã desenvolve seu programa nuclear. Nunca foi usada em combate. Só aviões da força aérea americana, na imagem, conseguem carrega-la – tudo isso, segundo a versão norte-americana.

Imagem ilustrativa do que, segundo os EUA, seria a GBU-57, a “destruidora de bunkers”. O principal alvo de Israel é uma suposta usina nuclear subterrânea do Irã. Imagem: TV Globo.

Irã ameaça fechar o Estreito de Ormuz, crucial para o petróleo global

A ameaça de Trump de entrar na guerra levou o governo iraniano a ameaçar fechar o Estreito de Ormuz, uma “artéria” da indústria petrolífera. Na foto, petroleiro no Estreito, que fica entre o Irã e Omã. Fonte: UOL

Diante de um possível ataque direto dos Estados Unidos contra o Irã, o governo iraniano ameaça fechar o Estreito de Ormuz, uma “artéria” da indústria petrolífera por onde passa cerca de 20% de todo o petróleo do mundo.

O bloqueio da via marítima, localizada entre Omã e o Irã, seria uma das possíveis formas de retaliação do governo iraniano caso os EUA entrem de fato na guerra — a mídia americana indica que já há plano para ataque.

Os EUA são os responsáveis por proteger a navegação comercial no Estreito de Ormuz. A região é monitorada pela 5ª Frota da Marinha americana, com base no Bahrein.

As ameaças de grupos políticos iranianos de bloquear o Estreito de Ormuz preocupam o mundo todo, já que isso poderia provocar a disparada no preço do barril de petróleo. Com o confronto entre Israel e Irã, navios petroleiros foram orientados por agências marítimas a redobrar a cautela na região.

O preço do petróleo já registra forte alta desde o início da guerra.

‘Raio de Ferro’: Israel começa a usar laser para derrubar drones e mísseis, diz agência

Raio de Ferro, novo sistema de defesa de Israel que usará lasers: Foto: Rafael Advanced Systems / Divulgação

Israel usou, pela primeira vez, o Iron Beam (Raio de Ferro, em tradução livre), sistema de defesa aérea que usa feixes de laser para interceptar mísseis e drones, informa a agência de notícias russa Tass na quarta-feira (18).

A agência diz que, segundo um funcionário da embaixada de Israel na Rússia, os israelenses estão usando o sistema para se proteger de ataques do Irã, no conflito que começou na sexta-feira (13).

“Este sistema laser é uma mudança estratégica para Israel e para o mundo”, declarou Naftali Bennett, ex-primeiro ministro de Israel, ao anunciar o desenvolvimento desse tipo de defesa, em 2022.

O Raio de Ferro é um sistema de defesa aérea que usa feixe de laser para combater uma ampla gama de ameaças: foguetes, artilharia, morteiros, mísseis de cruzeiro e veículos aéreos não tripulados (UAVs), inclusive enxames de drones.

O principal objetivo do sistema de defesa é neutralizar essas ameaças com precisão.

Israel já disse ter usado outros sistemas menos potentes com uso de laser anteriormente, mas não confirmou o uso do Raio de Ferro no conflito com o Irã até o momento — mantendo em segredo suas estratégias militares.

Imagens ilustrativas de aviões da força aperea norte-americana, que, supostamente, seriam os únicos capazes de carregar a GBU-57, projetada para destruir alvos debaixo do solo, onde supostamente o Irã desenvolve seu programa nuclear. Tudo isso, segundo a versão norte-americana.

Fonte: Imagens da TV Globo, reproduzidas no G1.

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