
Interceptação de Flotilha por Israel é uma ofensa grave, diz África do Sul
2 de outubro de 2025 11:12O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, condenou a interceptação da Global Sumud Flotilla por forças israelenses em águas internacionais próximas à Faixa de Gaza. O grupo de embarcações, composto por navios humanitários que levavam ajuda ao território palestino, teve cidadãos sul-africanos e de outras nacionalidades detidos.
Segundo comunicado oficial do governo sul-africano, Ramaphosa classificou a ação como mais uma violação do direito internacional e um agravamento do sofrimento imposto ao povo palestino. Entre os sul-africanos confirmados na flotilha estão Nkosi Zwelivelile Mandela, Zukiswa Wanner e Reaaz Moolla. Há ainda expectativa de confirmação sobre a situação de Zaheera Soomar, Fatima Hendricks e Carrie Shelver.
Condenação às ações de Israel
Ramaphosa afirmou que a operação de interceptação representa uma grave afronta ao esforço internacional de solidariedade com Gaza. “A interceptação da Global Sumud Flotilla é outro grave crime de Israel contra a solidariedade global e contra os esforços destinados a aliviar o sofrimento em Gaza e a promover a paz na região”, declarou o presidente.
O líder sul-africano destacou que o bloqueio israelense, somado a esse tipo de ação, agrava a fome e a escassez enfrentadas pela população palestina. Para ele, trata-se de uma atitude que contraria tanto decisões do Tribunal Internacional de Justiça quanto a soberania de países cujas bandeiras estavam hasteadas nas embarcações.
Apelo à libertação e ao fim do bloqueio
Ramaphosa fez um apelo direto a Tel Aviv: “Em nome do nosso governo e da nossa nação, peço a Israel que liberte imediatamente os sul-africanos sequestrados em águas internacionais, assim como os demais cidadãos de outros países que tentaram chegar a Gaza com ajuda humanitária”.
O presidente enfatizou ainda que a carga transportada deve chegar ao destino final, reforçando que a iniciativa não é um ato de confronto, mas de solidariedade. Ele recordou que a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos também já pediu a suspensão urgente do bloqueio contra Gaza.
Apoio internacional e expectativa de resolução
Ramaphosa reiterou que a África do Sul apoia os apelos da ONU e de outras organizações internacionais para que Israel permita a entrada imediata de suprimentos de caráter vital. “Meus pensamentos estão com todos os sequestrados e suas famílias, e é minha expectativa que Israel liberte os ativistas de direitos humanos, já que esses sequestros não contribuem em nada para os esforços de paz no Oriente Médio”, afirmou.
- Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul: interceptação de nova flotilha por forças israelenses em águas internacionais, próximas à Faixa de Gaza, é “ofensa grave”. Foto: Reuters
- Fonte: Brasil 247, com agências internacionais