Hungria publica decreto que proíbe símbolos LGBT+ em prédios públicos

6 de junho de 2025 14:07

Segundo o texto, os símbolos que “remetam ou promovam diferentes orientações sexuais e de gênero” não podem ser exibidos em edifícios públicos. O gabinete do primeiro-ministro Viktor Orbán afirma que a decisão tem caráter “simbólico”, já que esse tipo de prática não é comum.

O presidente húngaro, que está no poder desde 2010, tem promovido uma agenda nacionalista e conservadora. Nos últimos anos, seu governo tem restringido direitos da população LGBT+ utilizando como argumento “a proteção das crianças”.

Em março de 2025, o Parlamento húngaro adotou uma emenda constitucional que proíbe manifestações que desrespeitem a legislação de 2021. O texto veta, por exemplo, a “promoção” da homossexualidade e da mudança de gênero para menores de 18 anos.

O governo húngaro, liderado por Viktor Orbán, defendeu a medida como uma forma de proteger os direitos dos pais e das crianças, mas críticos apontam que ela institucionaliza a homofobia e restringe a liberdade de expressão e de informação.

A nova regra ameaça a realização da Parada do Orgulho, marcada para 28 de junho, mas os organizadores mantêm os preparativos para o evento, apesar do decreto. A prefeitura de Budapeste, comandada pelo prefeito ecologista Gergely Karácsony, não é afetada pela proibição e hasteou a bandeira arco-íris nesta sexta-feira. 

Post no X do ditador húngaro Viktor Orbán que proíbe símbolos LGBT+ em prédios públicos e ameaça a Parada do Orgulho

Na quinta-feira (5), uma advogada-geral da Corte de Justiça da União Europeia afirmou que a lei húngara de 2021 viola os direitos fundamentais e os valores europeus.

Orbán considerou a avaliação da Corte “vergonhosa”, e reagiu em uma postagem na rede X, publicada nesta sexta-feira. “A liberdade de fazer propaganda sexual parece mais importante para Bruxelas do que a proteção das crianças. Isso é uma loucura!”, escreveu.

Foto: Bernadett Szabo/Reuters
Fonte: RFI (Rádio França Internacional)

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