Base aliada do atual mandato de Lula é a mais infiel em 30 anos. Riscos para 2026 aumentam.

28 de junho de 2025 14:50

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um dos cenários políticos mais delicados de seus três mandatos. Com a base de apoio mais infiel no Congresso Nacional em três décadas, o governo tem encontrado dificuldades para aprovar projetos estratégicos e enfrenta crescente desgaste político às vésperas das eleições de 2026.

Segundo levantamento publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o índice de infidelidade entre partidos formalmente aliados ao Palácio do Planalto atingiu patamares inéditos desde a redemocratização. Siglas como União Brasil, PP e Republicanos, embora componham a base, têm adotado posturas ambíguas e, em diversas votações, se alinhado à oposição.

A fragmentação da base preocupa o núcleo político do governo, que vê a dificuldade de articulação como um dos principais entraves para a agenda de Lula. Em votações decisivas, parte significativa dos parlamentares desses partidos se posicionou contra o governo, comprometendo medidas consideradas essenciais pela equipe econômica e social.

Além disso, líderes de partidos aliados vêm resistindo a assumir postos no Executivo ou a indicar nomes de confiança para o primeiro escalão, o que expõe o grau de insatisfação e revela o enfraquecimento da governabilidade.

O presidente Lula já sinalizou de forma mais explícita a intenção de disputar a reeleição em 2026, mas o ambiente político segue instável.

Ameaças eleitorais

O enfraquecimento da base e o clima de insatisfação têm alimentado articulações em torno de possíveis adversários para 2026. Governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), surgem como nomes competitivos no campo conservador, enquanto alas do Centrão demonstram disposição de abandonar o governo caso o cenário político e econômico não se reverta.

Imagem do presidente Lula durante reunião com ministros e integrantes do governo. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Fonte: Brasil 247/Estadão

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