Cármen Lúcia afirma que Bolsonaro liderava organização criminosa e é apoiada por Moraes. Sessão vira “descarrego” contra “Mickey” Fux

11 de setembro de 2025 15:45

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia afirmou nesta quinta-feira (11) que o ex-presidente Jair Bolsonaro liderou uma organização criminosa voltada a derrubar o governo eleito em 2022. Lo no início do seu voto na Primeira Turma do STF, a magistrada destacou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) demonstrou com “provas cabais” que um grupo liderado por Bolsonaro e figuras-chave do governo anterior compôs um plano para minar a democracia. 

“Talvez o diferencial mais candente, além do ineditismo do tipo penal, abolição do Estado democrátido de direito e golpe de Estado, a circunstância de estarmos a afirmar que a lei é para ser aplicada igualmente para todos, e responsabilidade, incluída a penal, é para ser apurada nos termos da legislação aplicada, e o que vier a ser apurado”, disse ela, falando em “máquina do golpe”.

As declarações firmes se contrapõem aos argumentos apresentados pelo ministro Luiz Fux na véspera. Ele rejeitou o crime de organização criminosa imputado aos réus da trama golpista. Mais do que isso, a “sessão” está se transformando num “descarrego” contra o voto de Luiz Fuz, que, na véspera, desqualificou o julgamento, votou para absolver o ex-presidente Jair Bolsonaro, líder da trama, e outros cinco réus por crimes contra a democracia, livrou de responsabilidades o ex-comandante da Marinha, o golpista Almir Garnier e, para culminar pediu a nulidade de todo o processo por entender que o STF não é a instância competente para analisar a ação.

O ministro Alexandre de Moraes, como se tivesse sido combinado, fez um jogral com Cármen Lúcia, fez uma intervenção durante o voto de Cármen, afirmando: “foi uma tentativa de golpe de Estado, não foram baderneiros, foi uma organização criminosa”. Empolgado, Moraes também pediu uma intervenção durante o voto de Cristiano Zanin. Flávio Dino também fez observações no voto de Cármen.

Fux, até o momento, ficou calado, covardemente, mas que já entrou para a história com seu papel vexaminoso. O voto de Cármen já é líquido é certo: 3×1. O de Zanin confirmará a goleada.

O julgamento está prevista para terminar até sexta-feira, 12, com a definição das sentenças.

  • Ministra Cármen Lúcia, em seu voto. Imagem gerada pela TV Justiça
  • Fonte: Brasil 247

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