Lula visitará Cristina Kirchner em sua prisão domiciliar em Buenos Aires. Milei deve estar #chatiado

A Justiça argentina autorizou, nesta quarta-feira, que o presidente Lula visite a ex-presidente Cristina Kirchner, no apartamento onde ela cumpre prisão domiciliar. Lula sabe que o encontro com Kirchner será combustível para a oposição. Ele considera que deve a visita por reciprocidade: para o petista, a solidariedade internacional foi fundamental durante o período em que ficou detido ano em que Alberto Fernández, então candidato kirchnerista à Presidência argentina, o visitou. Curiosamente, esta será a primeira visita de Lula à Argentina desde a posse de Javier Milei, em dezembro de 2023. Obviamente, eles não se encontrarão e Milei ficará possesso. Que se dane.

A previsão é que Lula desembarque por volta das 19h em Buenos Aires. Ele participará da reunião de presidentes do Mercosul, na quinta-feira (3), quando receberá a presidência do bloco da Argentina. 

Fontes do Palácio do Planalto informaram que o presidente só esperava a autorização da Justiça argentina para poder visitar Cristina. Logo depois que a prisão de Cristina foi ratificada pela Suprema Corte de Justiça, há cerca de 15 dias, Lula ligou para ela para prestar solidariedade. No longo telefonema, Cristina chorou. Ela foi condenada a seis anos de prisão domiciliar e com perpétua para ocupar cargos públicos.

A decisão, divulgada pela AFP, estabelece que a visita ocorrerá na quinta-feira 3, na casa de Cristina na capital argentina, e deverá respeitar o “estrito cumprimento” das regras de conduta impostas pela Justiça, as quais incluem “não perturbar a tranquilidade da vizinhança” – como se os dois fossem dar uma festa regada acachaça e fernet. A ordem partiu do juiz Jorge Gorini, responsável pela execução da pena da ex-presidente.

Lula ficou preso por 1 ano, 7 meses e 1 dia, um total de 580 dias. No dia 12 de julho de 2017, Sergio Moro, então juiz federal de primeira instância, e que futuramente viraria ministro da Justiça do candidato rival de Lulaa, Jair Bolsonaro- expondo as cartas marcadas – condenou o atual presidente a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação penal envolvendo um tríplex no Guarujá. Lula foi solto no dia 8 de novembro de 2019, um dia após o Supremo Tribunal Federal ter considerado a prisão em segunda instância inconstitucional.

Imagem produzida a partir de IA